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Alibaba diz que gestão de trânsito é projeto-chave em Macau

Aplicação de inteligência artificial vai controlar sinalização luminosa e enviar recomendações aos utilizadores das vias.

A gestão inteligente do trânsito de Macau será “projeto-chave” das operações do gigante de tecnologia chinês Alibaba na região no âmbito de um acordo-quadro com o Governo local que conta com um orçamento preliminar de 900 milhões de patacas – 500 milhões para infraestruturas da tecnologia – com vista à generalização de processos automáticos apoiados por inteligência artificial em vários campos da administração do território.

O acordo com o grupo de Jack Ma foi assinado a 4 de agosto e prevê a instalação no território de servidores e de um sistema de computação em nuvem geridos pela subsidiária Alibaba Cloud, com aplicações na administração da cidade que serão implementadas até 2021. Para tal, vai ser adoptada a tecnologia e algoritmos desenvolvidos pelo grupo chinês. Nomeadamente, o sistema de computação Apsara, que incorpora inteligência artificial e aprendizagem automática, o programa ET, aplicado à automação de processos industriais, e tecnologias analíticas para gestão de grandes quantidades de dados.

“Em Macau, estamos a planear exportar tecnologias relacionadas, incluindo o Apsara, o programa ET e análise de ‘big data’ e aplicá-los a um projeto de transporte inteligente, projeto-chave do programa ‘Smart Macau’”, explicou ao PLATAFORMA um porta-voz do grupo.

A Alibaba dá como exemplo o projeto de gestão de trânsito que tem vindo a implementar na cidade de Hangzhou, onde tem a sua sede. “Com as capacidades de um sistema automatizado de trânsito, o ajustamento inteligente da sinalização luminosa é feito imediatamente no local; quando um veículo muda de direção, automaticamente é prolongada a luz verde”, exemplifica. Segundo a empresa, a implementação deste projeto na zona de Xiaoshan, em Hangzhou, desde setembro último, permitiu aumentar a velocidade do trânsito em 11 por cento. 

O programa ET, por seu turno, garante a “previsão de trânsito em tempo real com recurso a tecnologias de reconhecimento de vídeo e imagem”, permitindo a recomendação de itinerários aos utilizadores das vias.

A Alibaba reforça as garantias já dadas pelo Governo local sobre a privacidade e segurança dos dados que serão geridos a partir dos servidores do grupo, e que serão propriedade da Administração da região. “A Alibaba obedece estritamente à regulamentação de Macau e é sempre a nossa prioridade garantir a segurança da ‘cloud’ aos nossos clientes”, afirma.

O Governo emitiu na passada segunda-feira um comunicado no qual reafirma que toda a tecnologia instalada e dados serão propriedade local, com a Alibaba a garantir o seu tratamento “sem, no entanto, ter acesso aos dados da RAEM”. Foi também indicado que será feito um investimento inicial de 500 milhões de patacas em tecnologia, com um orçamento adicional de 200 milhões de patacas anuais para a implementação do programa em 2018 e 2019. 

Maria Caetano

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Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

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