A Associação de Universidades de Língua Portuguesa (AULP) pediu à Fundação Macau um financiamento de cerca de 386 mil dólares para o programa de mobilidade de alunos e professores, anunciou o presidente da organização.
“Seria uma injeção importantíssima”, disse Jorge Ferrão, no final da cerimónia de abertura do XXIV Encontro da AULP, que decorre em Macau até à próxima sexta-feira.
“Criámos uma espécie de Erasmus da AULP que agora funciona com estudantes que vêm do Brasil para as universidades africanas e das universidades africanas para o Brasil, mas queremos que todos os membros possam beneficiar”, adiantou Jorge Ferrão,
O reitor da Universidade Lúrio, em Moçambique, disse pretender ir mais além: “Queríamos poder fazer o triângulo, envolver também Macau, Timor-Leste e criar um pacote diferente”.
Ao longo dos últimos anos, “a Fundação Macau provou ser um parceiro primordial da nossa associação (…) Todos nós temos consciência de que esses apoios permitem a estabilidade e a realização dos nossos trabalhos com alguma consistência”, afirmou Ferrão no discurso de abertura do encontro da AULP, que reúne cerca de 200 participantes de dez países e regiões em Macau.
Em 2005, a Fundação Macau concedeu à AULP uma verba superior a mais de 200 mil dólares.
Segundo Jorge Ferrão, a Fundação Macau não figura, porém, como o principal financiador da AULP. “A CAPES [Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, do Brasil] fez um investimento de quatro milhões de dólares que é, de longe, superior ao da Fundação Macau. Mas não é a importância dos valores, é a importância do gesto”, realçou o presidente da AULP.
Esse programa de intercâmbio, “que já funciona há três anos”, engloba mais de 50 projetos e envolve mais de 600 professores e alunos do ensino superior.
Fundada em 1986, a AULP reúne cerca de 150 universidades públicas e privadas e institutos politécnicos nos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e em Macau.