As missões humanitárias que os EUA realizam em África não estão a assegurar o grande objetivo americano de “conquistar os corações” naquele continente.
Segundo um relatório do Pentágono, divulgado na última semana, as ações humanitárias que os EUA levam a cabo em África – tão variadas como aulas de Skype, apoio veterinário ou furos de água – “não são adequadas ou cuidadosamente planeadas e falham o objetivo de mostrar o “amigo americano”, contrariando a aescensão de extremismos no continente mais vulnerável.
A conclusão não é nova: programas idênticos lançados no Vietname, Afeganistão e Iraque falharam com igual estrondo mas só tiveram essa avaliação negativa muitos anos e milhares de milhões de dólares depois; em África, o continente que os americanos menos conhecem, os maus resultados já estão escritos na parede. Segundo uma investigação de 2013 da inspeção do Departamento de Defesa dos EUA, citada pelo blogue TomDispatch, em muitos casos, os responsáveis americanoos não conseguem integrar os projetos em curso com os objetivos do AFRICOM, o comando norte-americano para África; noutros, há falhas na documentação; e em outros ainda, as populações não estão preparadas para o que lhes é oferecido.
Numa tentativa de contrariar a persuasão de fortes milícias extremistas, como a nigeriana Boko Haram ou a somaliana al Shahab, os EUA envolveram-se numa panóplia de projetos humanitários, cuja benevolência tem por objetivo preparar as populações para que facilitem as operações militares.
Mas, segundo o relatório da inspeção do Departamento de Defesa, “não existe um sistema efetivo para gerir ou relatar as relações da comunidade com a atividades de baixo custo nos ansos de 2012 e 2013”, de que resulto a omissão de cerca de 43% das atividades desencadeadas.