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China diz que tem “posição imparcial” e quer “pôr termo ao conflito” na Ucrânia

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês afirmou hoje que a China sempre manteve uma posição "objetiva e imparcial" sobre a guerra na Ucrânia e o objetivo de Pequim é "parar" o conflito.

“Promovemos conversações de paz. O nosso Presidente falou com todos os líderes mundiais, incluindo os da Rússia e da Ucrânia, e temos um representante especial que se deslocou à região para mediar. Todos os nossos esforços visam um objetivo: abrir caminho para acabar com o conflito e iniciar conversações de paz”, disse Wang Yi, numa conferência de imprensa, à margem da Assembleia Popular Nacional (APN), cuja sessão anual decorre esta semana, em Pequim.

Wang acrescentou que a China “apoia a realização, em devido tempo, de uma conferência internacional de paz que seja reconhecida tanto pela Rússia como pela Ucrânia e que garanta a participação igualitária de todas as partes”.

De acordo com o diplomata chinês, começam a estar reunidas as condições para explorar uma “saída para a crise”, uma vez que “cada vez mais pessoas começam a ver um resultado vantajoso para todos”.

“A experiência passada mostra que um conflito, quando prolongado, tende a deteriorar-se e a escalar até um ponto impensável para as partes envolvidas. Na ausência de conversações de paz, as perceções e os erros de cálculo acumulam-se e podem conduzir a uma crise ainda maior”, defendeu.

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês reiterou que “todos os conflitos têm de terminar na mesa das negociações” e que “quanto mais cedo as conversações começarem, mais cedo a paz chegará”.

Pequim tem procurado contrariar as críticas de que está a apoiar a Rússia na campanha na Ucrânia e, no ano passado, apresentou um documento de posição de 12 pontos sobre a disputa que foi recebido com ceticismo pelo Ocidente.

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês reiterou que “todos os conflitos têm de terminar na mesa das negociações” e que “quanto mais cedo as conversações começarem, mais cedo a paz chegará”.

Em fevereiro de 2022, pouco antes do início da invasão russa, China e Rússia proclamaram, em Pequim, uma “amizade sem limites” e, desde então, têm defendido que estes laços “não ameaçam nenhum país” e visam “promover a multipolaridade do mundo”.

Wang afirmou que Pequim e Moscovo gozam de “confiança política mútua” e os dois países “vão aprofundar” a cooperação, o que “mostra um novo paradigma de cooperação entre grandes potências que é completamente diferente da era da Guerra Fria”.

“O comércio entre os dois países continua a bater recordes, demonstrando a forte resiliência e o futuro brilhante dos dois países”, disse Wang, acrescentando que “China e Rússia vão reforçar a coordenação multilateral para salvaguardar a estabilidade regional e global”.

Plataforma com Lusa

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