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Desfile de Macau regressa com artistas lusófonos após quatro anos de interregno

Artistas de Portugal, Brasil e Moçambique vão participar no Desfile Internacional de Macau, que regressa às ruas da região chinesa em 24 de março, após um interregno de quatro anos devido à pandemia, foi ontem anunciado.

Numa conferência de imprensa, o Instituto Cultural de Macau (ICM) revelou que a edição deste ano vai contar com a malabarista portuguesa Dulce Duca, a artista de circo brasileira Odília Nunes e o grupo Marionetas Gigantes de Moçambique.

A diretora do Instituto Cultural, Leong Wai Man, disse que o desfile terá cerca de 1.800 artistas, entre os quais 15 e 20 grupos vindos do exterior, nomeadamente da Itália, Espanha, Noruega, Reino Unido, França, Togo, China continental e Hong Kong.

O evento deverá contar ainda com 64 grupos locais, entre os quais vários de matriz lusófona, como a Associação Desportiva e Cultural de Capoeira de Macau, a Associação de Danças e Cantares Portuguesa ‘Macau no Coração’, a Casa de Portugal em Macau e a Casa do Brasil em Macau.

O desfile faz parte das celebrações do 25.º aniversário da transferência de administração da região de Portugal para a China, que aconteceu em 20 de dezembro de 1999.

O evento começa nas Ruínas de São Paulo e, ao longo de quatro horas, irá passar por vários edifícios do Centro Histórico de Macau, considerado Património Mundial pela UNESCO em 2005, incluindo a Igreja de São Domingos e o Largo do Senado. Antes do desfile, entre 17 e 23 de março, os grupos irão participar numa série de atividades de rua e de arte na comunidade.

O orçamento para este ano é de cerca de 7 milhões de patacas, menos de um terço do que na última edição em 2019 (23,3 milhões de patacas). Esta “redução significativa” deve-se à colaboração com as seis concessionárias de casinos em Macau, disse Leong Wai Man à Lusa.

O desfile terá cerca de 1.800 artistas, entre os quais 15 e 20 grupos vindos do exterior, nomeadamente da Itália, Espanha, Noruega, Reino Unido, França, Togo, China continental e Hong Kong

O orçamento inclui um subsídio entre 10 mil e 120 mil patacas para cada grupo, que poderá ainda receber oito prémios atribuídos pela organização, entre os quais melhor interpretação, melhor design e mais criativo.

O ICM decidiu mudar o desfile do final do ano, período que “tem muitas atividades culturais”, para a primavera, uma época em que “há menos eventos de grande escala”, disse Leong Wai Man. “Queremos fazer esta experiência, organizar um evento de grande escala na primavera”, disse a diretora do instituto.

Leong disse ter confiança que o desfile possa atrair mais visitantes a Macau, numa estação baixa para o turismo da região chinesa, e lembrou que o evento irá ser transmitido em direto em várias televisões locais e do exterior.

Plataforma com Lusa

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