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Deputado pede acesso mais fácil para estrangeiros

O deputado Wang Sai Man defendeu esta semana medidas para facilitar o acesso, não só dos residentes não chineses em Macau, mas também dos turistas e empresários estrangeiros, à vizinha Hengqin (ilha da Montanha).

Numa declaração lida antes do plenário da Assembleia Legislativa, Wang lembrou que “os residentes estrangeiros de Macau (…) só se podem deslocar a Hengqin com passaporte”, ao contrário dos chineses, para os quais a passagem fronteiriça “é muito conveniente”.

O vice-presidente da Associação Industrial de Macau defendeu que esta diferença “cria uma barreira política que não ajuda realmente a circulação de talentos (…), para além de constituir um obstáculo direto” para a diversificação da economia.

Numa altura em que o Governo chinês prometeu maior integração entre os dois lados, Wang alertou para a necessidade de afastar “preconceitos, caso contrário, quando no futuro se pretender lançar novas políticas atrativas, será difícil de obter resultados”.

O deputado apelou às autoridades de Macau e da China continental para criar um “salvo-conduto de entrada e saída da ilha de Hengqin para os residentes estrangeiros de Macau” que possa ser usado no serviço automático de passagem fronteiriça.

“Apenas quando os estrangeiros e os residentes de Macau conseguirem entrar e sair da Ilha da Montanha com a mesma facilidade, é que os quadros qualificados estrangeiros permanecerão em Hengqin ou em Macau, contribuindo para a cooperação aprofundada”, disse Wang.

“Cria uma barreira política que não ajuda realmente a circulação de talentos”

O empresário do setor têxtil lembrou que, a partir de 1 de dezembro, os cidadãos de cinco países da União Europeia – Alemanha, Espanha, França, Itália e Países Baixos – e da Malásia passaram a ter isenção de visto para estadias de até 15 dias na China.

Wang defendeu que Macau também deveria implementar “a emissão imediata de autorizações no momento da entrada” de forma a facilitar a deslocação de estrangeiros entre a região e Hengqin “para fins de turismo, negócios, estudo e visitas”.

Em dezembro, o deputado José Pereira Coutinho disse, também numa declaração lida antes do plenário da Assembleia Legislativa, que os portugueses residentes em Macau estão a ser alvo de discriminação no acesso a Hengqin.

O deputado português avisou que estes obstáculos podem impedir muitos portugueses de viver na ilha, nomeadamente num dos quatro mil apartamentos reservados para residentes de Macau no Novo Bairro de Macau, na Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, em Hengqin.

Em abril, no fim de uma visita a Portugal com 50 empresários locais, o líder do Governo de Macau disse que a comitiva procurou promover a zona de cooperação em Hengqin junto das empresas portuguesas, uma proposta que Ho Iat Seng acrescentou ter sido muito bem aceite.

Em novembro de 2022, Macau anunciou a criação em Hengqin do Centro de Ciência e Tecnologia Sino-Lusófono, em cooperação com a cidade vizinha de Zhuhai.

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