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“A Igreja para todos é para hoje, não para um futuro próximo”

É diretora do Secretariado Nacional para as Comunicações Sociais da Igreja e esteve no Comité Executivo da JMJ 2023 desde o início. Isabel Figueiredo acompanhou de perto a comunicação, o protocolo e depois o séquito papal. Ao fim de algumas horas da despedida, em entrevista ao DN, faz um balanço do que foi dito e vivido, reforçando ser preciso que os jovens continuem a pedir alterações e que a Igreja tem de lhes proporcionar a capacidade de fazer acontecer a mudança.

Foram três anos a preparar esta Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023. O mundo tinha os olhos postos em Lisboa e na Igreja Católica. O Papa enviou mensagens aos jovens, que os próprios disseram ser muito fortes. Mas faço-lhe a mesma pergunta que ele deixou no final. E agora? O que se espera que estes jovens para a vida real?

Bem, para nós, é mais a expectativa que temos sobre o que eles vão levar, mas penso que, acima tudo, há uma certeza: é que estes jovens correspondem àquilo que o Papa lhes tem pedido sempre, que é testemunhos de vida. E acho que esta JMJ nos mostrou isso. Testemunhos de vida capazes de transformar o mundo. Está provadíssimo que, nós, adultos com vidas profissionais ativas, sociais, e políticas, não estamos a ser capazes de mudar o mundo, não conseguimos resolver o problema da pobreza, do Ambiente, do cuidar do Planeta, da Guerra. A esperança está nesta nova geração, que, como o Papa diz, são o presente e o futuro. É com eles que o mundo tem mudar. Precisamos que estes jovens voltem para os seus países, para as suas casas, famílias e amigos e sejam capazes de assumir o desafio pleno que o Papa lançou, que é o de mudar de vida e mudar o mundo.

A Igreja acredita então que estes jovens podem ser, e como disse Francisco, uma “Geração de Mestres” ou de “Surfistas do Amor”?

O Papa Francisco fala aos jovens da forma que eles entendem e que lhes dá confiança, dizendo-lhes “vocês são capazes”, mas, mais do que a Igreja espera dos jovens, o que está verdadeiramente em causa é: o que os jovens esperam da Igreja institucional, da Igreja que vimos na JMJ, os milhares de padres, bispos, cardeais que também fizeram parte da jornada. E deste ponto de vista acho que os jovens têm de pedir, insistentemente, mudanças e esperar que estas aconteçam. Os jovens querem ser escutados, e isto foi uma coisa que nós, organização da JMJ, ouvimos muitas vezes. Mas não querem ser escutados para que tudo permaneça igual. Os jovens querem ser escutados para que aconteçam mudanças e a Igreja tem de ser capaz de lhes proporcionar a capacidade de fazerem essa mudança. O Papa Francisco tem feito isto em relação aos jovens e às mulheres, e acho que o faz com a consciência plena de que este é o caminho certo. Os jovens, e as mulheres também, têm de ter um lugar na Igreja. As coisas vão mudando, o Papa tem feito imensas nomeações e alterações, mas ainda há um grande caminho a percorrer.

Foram três anos a preparar esta Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023. O mundo tinha os olhos postos em Lisboa e na Igreja Católica. O Papa enviou mensagens aos jovens, que os próprios disseram ser muito fortes. Mas faço-lhe a mesma pergunta que ele deixou no final. E agora? O que se espera que estes jovens para a vida real?

Bem, para nós, é mais a expectativa que temos sobre o que eles vão levar, mas penso que, acima tudo, há uma certeza: é que estes jovens correspondem àquilo que o Papa lhes tem pedido sempre, que é testemunhos de vida. E acho que esta JMJ nos mostrou isso. Testemunhos de vida capazes de transformar o mundo. Está provadíssimo que, nós, adultos com vidas profissionais ativas, sociais, e políticas, não estamos a ser capazes de mudar o mundo, não conseguimos resolver o problema da pobreza, do Ambiente, do cuidar do Planeta, da Guerra. A esperança está nesta nova geração, que, como o Papa diz, são o presente e o futuro. É com eles que o mundo tem mudar. Precisamos que estes jovens voltem para os seus países, para as suas casas, famílias e amigos e sejam capazes de assumir o desafio pleno que o Papa lançou, que é o de mudar de vida e mudar o mundo.

A Igreja acredita então que estes jovens podem ser, e como disse Francisco, uma “Geração de Mestres” ou de “Surfistas do Amor”?

O Papa Francisco fala aos jovens da forma que eles entendem e que lhes dá confiança, dizendo-lhes “vocês são capazes”, mas, mais do que a Igreja espera dos jovens, o que está verdadeiramente em causa é: o que os jovens esperam da Igreja institucional, da Igreja que vimos na JMJ, os milhares de padres, bispos, cardeais que também fizeram parte da jornada. E deste ponto de vista acho que os jovens têm de pedir, insistentemente, mudanças e esperar que estas aconteçam. Os jovens querem ser escutados, e isto foi uma coisa que nós, organização da JMJ, ouvimos muitas vezes. Mas não querem ser escutados para que tudo permaneça igual. Os jovens querem ser escutados para que aconteçam mudanças e a Igreja tem de ser capaz de lhes proporcionar a capacidade de fazerem essa mudança. O Papa Francisco tem feito isto em relação aos jovens e às mulheres, e acho que o faz com a consciência plena de que este é o caminho certo. Os jovens, e as mulheres também, têm de ter um lugar na Igreja. As coisas vão mudando, o Papa tem feito imensas nomeações e alterações, mas ainda há um grande caminho a percorrer.

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