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20 Anos de Fórum Sino-Português: Necessários novos avanços para o futuro da cooperação

Meimei Wong

O Secretário-Geral do Secretariado Permanente do Fórum Macau, Sr. Ji Xianzheng, disse que a existência do Fórum sempre foi uma questão de cooperação. Já Maria Gustava, chefe da delegação de língua portuguesa na China, salientou também que todas as partes precisam de novos avanços na cooperação.

“O Fórum China-Portugal tem de desempenhado um papel insubstituível na promoção do intercâmbio e da cooperação entre a China e os países de língua portuguesa em diversas áreas, no reforço da influência dos países de língua portuguesa na China e na construção de uma plataforma de serviços para os negócios sino-portugueses de cooperação em Macau”, disse Sr. Ji Xianzheng, Secretário-Geral do Secretariado Permanente do Fórum de Macau, numa receção realizada na terça-feira para assinalar o 20º aniversário da criação do Fórum.

“Sem o Fórum de Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, a cooperação entre a China e a lusofonia não teria recebido tanta atenção e participação como tem hoje em dia”, disse Ji.

Sem o Fórum de Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, a cooperação entre a China e a lusofonia não teria recebido tanta atenção e participação como tem hoje em dia

O Secretário-Geral salientou ainda que o objetivo original do Fórum não era apenas promover a cooperação económica e comercial, mas também promover intercâmbios interpessoais, intercâmbios culturais, bem como tecnologia e empreendedorismo juvenil.

“Temos dois mecanismos, um para praticar e outro para prevenção e intercâmbio de epidemias. Tudo isso vai muito além da rentabilidade comercial”, afirmou.

Ho Iat Seng, Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau, disse esperar que o Fórum de Macau possa tirar o máximo partido da singularidade de Macau e das oportunidades emergentes da Zona de Aprofundamento da Cooperação, para progredir em conjunto com a estratégia de desenvolvimento para a diversificação adequada das indústrias “1+4” de Macau, de modo a permitir que as empresas desempenhem um papel mais consistente na promoção da cooperação económica e comercial entre a China Continental e os PLP, concretamente nas trocas bilaterais entre Macau e os PLP.

Ainda há espaço para melhorias

Maria Gustava, Chefe da Delegação dos Países de Língua Portuguesa na China, espera que o Fórum se torne um importante mecanismo complementar para o aprofundamento das relações bilaterais entre os países de língua portuguesa e a China.

No entanto, o embaixador moçambicano na China disse que neste novo ponto de partida do 20º aniversário é necessário um novo avanço na cooperação. “O Fórum de Macau tem esta função, no quadro da cooperação, de saber dar respostas e atuar na medida do possível para criar dinâmicas positivas que visem elevar os níveis da nossa cooperação”, disse, sublinhando que a lusofonia deve aproveitar as oportunidades proporcionadas por este modelo de cooperação multilateral, nomeadamente “o livre acesso ao mercado chinês de 98% dos produtos originários dos países de língua portuguesa em África e na Ásia. É fundamental que os processos de viabilização da exportação de produtos alimentícios dos países do PLP.”

O embaixador considera ainda que as sugestões apresentadas no Relatório dos 15 Anos do Fórum de Macau continuam a ser úteis e continuarão a contribuir para o delineamento das linhas orientadoras para um melhor funcionamento do Fórum.

A lusofonia deve aproveitar as oportunidades proporcionadas por este modelo de cooperação multilateral, nomeadamente o livre acesso ao mercado chinês de 98% dos produtos originários os países de língua portuguesa em África e na Ásia

Maria Gustava, Chefe da Delegação dos Países de Língua Portuguesa na China

A Avaliação Externa continua a ter o mérito de ter feito sugestões no sentido de consolidar esta cooperação, sobretudo no que diz respeito à necessidade de criar novos mecanismos ou janelas flexíveis e dinâmicas de promoção e reforço da capacidade produtiva, tendo em conta as particularidades de cada português -país falante que é
membro do Fórum Macau.

Fundo de cooperação e desenvolvimento China-PLP

Como uma importante plataforma de investimento e financiamento para promover a cooperação económica e comercial sino-lusófona, o Fundo de Cooperação e Desenvolvimento China–PLP é um foco fundamental para os países de língua portuguesa. O tamanho total do Fundo é atualmente de US$ 1 bilhão.

“Tivemos o privilégio de nos reunirmos com a gestão do Fundo Sino–Português, o que aliás vai permitir uma parceria entre o nosso país e as empresas chinesas para que possamos desenvolver uma cooperação mais dinâmica e aprofundada do ponto de vista económico e social”, afirmou o Embaixador de Angola na China, João Salvador dos Santos Neto.

Haverá mais flexibilidade nos critérios de acesso aos fundos, também haverá
contato direto entre os países e a gestão do fundo

Joao Salvador dos Santos Neto, Embaixador de Angola na China

O embaixador abordou ainda os critérios de acesso aos fundos, garantindo que em Angola existem projetos com garantia de rentabilidade.

“Haverá mais flexibilidade nos critérios de acesso aos fundos, também haverá contato direto entre os países e a gestão do fundo, para que possamos discutir diretamente projetos que temos e que sejam sustentáveis, com rentabilidade e temos muitos em Angola”.

Já Gustava destacou ainda a necessidade de se estabelecerem Mecanismos de Facilitação do Comércio e um Fundo de Cooperação e Desenvolvimento operacional e ajustado que responda eficazmente às necessidades inerentes ao desenvolvimento das Pequenas e Médias Empresas no País de Língua Portuguesa.

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