Os senadores que lideraram a CPI da Covid vão reunir nos próximos dias as provas dos nove crimes cometidos por Jair Bolsonaro durante a pandemia para que o ex-presidente, agora sem foro privilegiado por ter sido derrotado nas eleições, seja investigado em primeira instância pelo Ministério Público. A iniciativa soma-se ao pedido de prisão preventiva apresentado pelo grupo parlamentar do partido PSOL, na segunda-feira. Juristas acreditam que Bolsonaro enfrenta perigo real de detenção.
Depois de Augusto Aras, procurador-geral da República nomeado por Bolsonaro, ter pedido em julho o arquivamento dos supostos crimes cometidos pelo ex-presidente no combate à pandemia no Supremo Tribunal Federal (STF), Renan Calheiros, presidente da CPI, e outros senadores confiam que a ação agora possa prosperar.
Em paralelo, Guilherme Boulos, deputado do esquerdista PSOL, escreveu o grito de guerra “sem amnistia”, no Twitter, a propósito do pedido de prisão preventiva da bancada do seu partido. “Bolsonaro (…) enalteceu a ditadura militar, defendeu o golpe de Estado e divulgou fake news sobre fraude eleitoral”, lê-se na peça. Para o partido, “o amplo discurso de ódio passou a mover os seus aliados para a prática de terrorismo, como no caso de George Sousa, preso após tentar explodir um camião de combustível”.
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