Camionistas e outros manifestantes que protestam contra a derrota eleitoral do presidente Jair Bolsonaro estão dificultando o transporte de milho no Estado de Mato Grasso, coração da produção agrícola do Brasil, disseram dois produtores na segunda-feira.
A Polícia Rodoviária Federal do Mato Grosso relatou 11 manifestações na manhã desta segunda-feira, com estradas interditadas ou parcialmente interditadas em quatro rodovias federais que interligam fazendeiros e instalações de processamento de grãos.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que oficiará o governador do Estado de Mato Grosso para que este possa requerer o apoio da Força Nacional para o desbloqueio de rodovias que cortam o Estado.
Os protestos dificultaram o transporte de parte do milho dos agricultores para os portos e armazéns, mas as quantidades afetadas não puderam ser determinadas. A desaceleração pode ter efeitos indiretos, já que os armazéns precisam ser esvaziados antes da colheita de soja em janeiro.
“Na verdade agora é correr contra o tempo. Limpar os armazéns de milho para poder iniciar a colheita de soja”, disse o agricultor Evandro Lermen, do Mato Grasso, à Reuters.
Os bloqueios também estão atrasando as entregas de insumos agrícolas necessários para o plantio da segunda safra de milho no início do ano que vem, acrescentou.
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