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Caso Suncity: Trabalhadores testemunham sobre relação da promotora com outras empresas 

No julgamento do caso Suncity vários trabalhadores de empresas que a acusação diz terem sido criadas por Alvin Chau para levar a cabo apostas ilegais admitem existir alguma relação entre estas agências e a promotora de jogo.

O Ministério Público tenta demonstrar uma relação próxima com a Suncity, mas nenhum dos trabalhadores consegue apontar Alvin Chau como o patrão directo. Em tribunal, os trabalhadores declararam não saber ao certo as relações existentes entre as empresas, mas admitem que recebiam o salário da Suncity e que recebiam comissões da antiga promotora quando ajudavam clientes. 

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Vários trabalhadores da Agência Comercial Tin e da Gestão e Consultoria Fenómenos Astronómicos disseram que as empresas não pertenciam à Suncity, mas admitiram ligações com a promotora de Alvin Chau. 

A acusação tenta demonstrar que as duas empresas eram subsidiárias da Suncity e eram responsáveis por supervisionar as apostas paralelas, no centro deste julgamento. Já a defesa contesta que as empresas tivessem relação directa com a Suncity. 

Hoje, entre os trabalhadores ouvidos, houve quem dissesse que fez a entrevista de trabalho para as duas empresas e assinou o contrato na Suncity. Recebiam parte do salario em dinheiro entregue no departamento de contabilidade da antiga promotora de jogo. Mas questionados sobre quem era o patrão directo, todos respondem que era Cheong CHi Kin, o quinto arguido neste processo, um dos que admitiu levar a cabo estas apostas ilegais. 

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Cheong é tido como parte do grupo criminoso de Alvin Chau. 
 
Uma das testemunhas disse achar que os dois homens eram sócios e todas frisam que Cheong chamava Chau de patrão. Aqui surgem, no entanto, duas versões: a defesa considera que patrão é uma designação dada a empresários ricos em Macau, com muitos a chamarem os empresários de patrão. Já para o MP, o nome significa que Alvin Chau era de facto o responsável por trás das empresas de jogo paralelo, algo que o dono da Suncity negou até agora em tribunal. 

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Nenhuma das testemunhas ouvida hoje soube dizer ao certo se Alvin Chau era patrão no verdadeiro sentido da palavra, todos assumem que era uma forma de respeito. 
 
Um dos últimos trabalhadores a ser ouvido disse que a Agência Comercial Tin prestava serviços nao só para a Suncity, mas para outras promotoras de joo como a Tak Chun, mas ao MP disse que só no caso da suncity é que recebiam comissões – as chamadas gorjetas – directamente da promotora e não como é habitual, das mãos dos clientes.

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