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Febre do caracol já infetou 56 milhões e pode ser fatal

Como informa o jornal britânico, é nas águas no rio Kafue, na Zâmbia, no sul de África, que o inimigo invisível ataca. Depois dos parasitas saírem dos caracóis, começam uma caminhada pela procura de um hospedeiro onde se possam instalar. Quando se enterram na pele humana, viajam na corrente sanguínea até conseguirem introduzir ovos no colo do útero, acabando por bloquear as trompas de falópio, o que pode levar à infertilidade ou gravidez ectópica.

Nos casos mais extremos, a doença pode mesmo levar à morte, uma vez que provoca lesões que aumentam em quatro vezes o risco de contrair o HIV, sendo que as vítimas podem ainda desenvolver cancro de colo de útero e bexiga.

Apesar de ser mais regular em mulheres, a febre do caracol também afeta homens e causa cerca de 280 mil mortes por ano em todo o Mundo. Numa altura em que ainda não há nenhuma vacina contra a doença, já é possível tratar a esquistossomose genital feminina e evitar implicações graves. Em algumas regiões da Zâmbia, muitas adolescentes recebem um tratamento preventivo anual de praziquantel, que se trata de uma forma de quimioterapia que mata os vermes, seguindo assim as recomendações da OMS.

Kasika Mkwakti, enfermeira em Maramba, uma região da Zâmbia muito afetada pela febre do caracol, admitiu que a equipa com a qual trabalha nunca tinha ouvido falar da doença antes de 2020, como tal, só agora é que os profissionais de saúde começaram a fazer testes de modo a tentar detetar a doença o mais rápido possível. “No mês passado, examinamos 48 mulheres e uma já tinha cancro do colo do útero”, contou Mkwakti ao “The Telegraph”.

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