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O setor agrícola em Portugal tem vindo a perder cerca de 30 mil trabalhadores por ano nas últimas três décadas, um total de 900 mil pessoas entre 1989 e 2019. Meio milhão desses trabalhadores foram perdidos em dez anos, entre 1989 e 1999, depois da entrada do país na então Comunidade Económica Europeia. Os dados são da Pordata, a base estatística da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) que, no Dia da Produção Nacional, faz um retrato do setor agrícola em Portugal. Entre 1989 e 2019 o país passou de 1,5 milhões de trabalhadores na agricultura para 650 mil. De 16% da população residente há 30 anos, a mão de obra no setor passou para 6%. Portugal é o quinto país da União Europeia com menos trabalhadores na agricultura por cem mil habitantes, apenas acima da Roménia, Bulgária, Grécia e Polónia.
A mão de obra no setor da Agricultura e Pescas é também da mais mal paga do país. De acordo com a análise da FFMS, o salário médio neste setor de atividade foi de 823 euros em 2020, 21% abaixo do da média dos trabalhadores por conta de outrem (1042 euros). Pior está apenas o setor do Alojamento e Restauração, com a média salarial em 2020 a situar-se nos 780,1 euros.
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