O XXIII Governo Constitucional, o terceiro chefiado por António Costa, foi empossado esta quarta-feira
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, depois de saudar o novo Governo, agradece “a disponibilidade” de todos para “servirem Portugal”. O Presidente lembra que “na madrugada de 24 de fevereiro”, Portugal assistiu “à operação militar especial” da Rússia na Ucrânia.
“Mudámos, mas não foi de repente. Sabemos que a Rússia perdeu com o fim da União Soviética muita da prevalência mundial. Ninguém gosta de passar de potência mundial para potência regional”, diz.
Marcelo acrescenta que “a Rússia esteve cada vez mais concentrada na Europa” e “sabíamos da sua influência interventiva na energia”.
O Presidente da República lembra “os anos perdidos” sobre o reforço da NATO, e de todas as crises financeiras que se foram desenrolando pela Europa.
“Não sabíamos era o pretexto e o modo de o culminar de uma corrida contra o tempo. Hoje sabemos e os ucranianos vivem mais do que “movimentações política”: tornou-se numa manifestação de força”, diz.
Marcelo diz que “o mundo viu-se ao espelho e viu que tinha mudado”, depois da entrada da Rússia na Ucrânia, “voltando alguma guerra fria e muito quente para os ucranianos”, com mortes, feridos e violações humanitárias.
“Endurecia o confronto Leste-Oeste. A demorar a paz podia ser desolador o panorama do crescimento, exigindo correções de expetativas e políticas, pensadas para o mundo antes da guerra”, aponta, exemplificando com a necessidade de investimento no armamento e na dependência energética.
O Presidente da República recorda os “atropelos” na escalada internacional, com civis “transformados em alvos”. A Europa e os EUA “convergiram”, mas têm de tirar ilações.
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