O governo de António Costa depara-se com quatro grandes desafios na área da Economia e das Finanças.
1. A capacidade e a qualidade do sistema financeiro ainda a braços com níveis elevados de malparado.
2. A execução dos fundos europeus de tem de ser certeira, rápida e direcionada para investimentos produtivos do Estado e das empresas de modo a não gerar mais dívida a pagar no futuro. É sob este chapéu que vão surgindo e podem surgir mais medidas de apoio ao setor empresarial, evitando falências e impulsionando exportações.
3. Ligado ao ponto anterior, surge o grande desafio da competitividade externa, sobretudo em setores grandes como o turismo, que sobreviveu à pandemia, mas agora depara-se com uma guerra pela frente, por exemplo. O turismo e muitas atividades industriais de ponta estão de novo pendurados pela alta dependência energética face à energia que vem do petróleo e do gás, pela inflação agressiva. Pior: as famílias portuguesas também. A ameaça sobre o poder de compra e de empobrecimento das pessoas é real.
4. Quarto, mas não último. A consolidação das contas públicas num ambiente de dívida ainda muito elevada, inflação e taxas de juro a subir, que vai requer especial atenção nos próximos anos de forma a “diferenciar” Portugal pela positiva, como já avisaram o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, e o ministro das Finanças cessante, João Leão.
Sistema bancário e incumprimento
Os riscos bastante ameaçadores que persistiram na crise anterior sobre a estabilidade financeira estavam a regredir antes de eclodir a crise pandémica e desta nova situação de guerra na Europa.
Segundo os analistas principais que seguem Portugal na agência de ratings DBRS, “os aumentos de capital e os níveis mais elevados de alavancagem colocaram o setor bancário numa melhor posição desde o início de 2020”.
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