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Produções internacionais do Festival de Artes de Macau só no ecrã

Lusa

O Festival de Artes de Macau (FAM) arranca em abril com renovada aposta em artistas locais e da China continental, devido às restrições da pandemia, e com as produções internacionais a serem exibidas apenas no grande ecrã

Produções internacionais do FAM, este ano, só no grande ecrã. “Não temos condições para convidar grupos estrangeiros para realizar espetáculos”, disse aos jornalistas a presidente do Instituto Cultural (IC), Leong Wai Man, no final da apresentação do programa da 32.ª edição do FAM.

Macau, que tem seguido a política de Pequim de zero casos de covid-19, mantém desde março de 2020 a fronteira fechada a estrangeiros.

“Só vamos ter disponíveis 50% dos lugares [dos teatros] e o cancelamento dos espetáculos está dependente da situação pandémica”, realçou a dirigente do IC.

“O Conde de Monte Cristo”, do Teatro de Opereta de Moscovo, “Um Lago dos Cisnes” do Ballet Nacional da Noruega e o “Akhenaten”, da Ópera Metropolitana de Nova Iorque, são algumas das “atuações de renome” que vão ser projetadas na grande tela, indica uma nota de imprensa do IC, referindo que o cinema de realidade virtual é outra das novidades desta edição.

Com o tema “Revigorar”, o FAM decorre entre 29 de abril e 2 de junho, e apresenta 18 programas nucleares e mais de 200 atividades, incluindo teatro, dança, música e artes visuais.

A produção de teatro-dança contemporânea “Homem Livre do Sul”, da autoria do coreógrafo Willy Tsao, inaugura o evento artístico, num trabalho inspirado na obra de Li Bai, poeta da dinastia Tang.

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O programa inclui ainda “Electra”, tragédia da Grécia Antiga de Sófocles, numa versão produzida pelo Centro de Artes Dramáticas de Xangai e por uma equipa grega, com tradução do texto de Luo Tong, investigadora de literatura e de teatro da Grécia Antiga.

O dramaturgo macaense Miguel de Senna Fernandes volta este ano a trazer ao Centro Cultural de Macau os Dóçi Papiaçam di Macau, grupo de teatro em patuá, crioulo de Macau, para apresentar “Lorcha di Amor” (“Cruzeiro de Amor”) que “de forma humorística, conta a história de um cruzeiro de luxo, realçando as características de Macau como cidade onde coexistem múltiplas culturas”, lê-se no programa.

O festival encerra no teatro do hotel-casino Venetian, com a cantora de Hong Kong Liza Wang a juntar-se à Orquestra de Macau para interpretar clássicos chineses.

O festival Extra, extensão da iniciativa principal, através do qual se procura levar a arte à comunidade, volta este ano a realizar-se com iniciativas como uma oficina em que o “experiente construtor de teatros de bambu Chio Seng Wai irá demonstrar várias técnicas de construção de andaimes de bambu”.

O FAM conta este ano com um orçamento de 24 milhões de patacas (cerca de 2,7 milhões de euros), um aumento de três milhões de patacas (cerca de 338 mil euros) em relação à edição anterior.

“Este ano realizámos mais atividades (…), o nosso objetivo é atrair mais participantes”, justificou a dirigente do IC.

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