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Costa não fecha a porta para futuros acordos

O primeiro-ministro admitiu que teve “uma réstia de esperança” de ver o Orçamento do Estado (OE) aprovado até ao “último minuto”. António Costa revelou que não houve acordo com a Esquerda devido à atualização do salário mínimo e à sustentabilidade da Segurança Social. Quanto ao futuro, não fechou a porta “a ninguém”, da Esquerda à Direita.

“Houve dois pontos que bloquearam a solução: um tem a ver com o futuro da sustentabilidade da Segurança Social e o outro tem a ver com o Salário Mínimo Nacional“, afirmou o chefe do Governo, esta segunda-feira à noite, em entrevista à RTP.

No que diz respeito ao primeiro caso, Costa disse não querer arriscar tirar “tranquilidade” às gerações futuras, vincando que foi a “força” da Segurança Social que permitiu enfrentar a crise da pandemia e implementar medidas como o pagamento do ‘layoff’ a 100%.

Já no que toca ao salário mínimo, o primeiro-ministro recordou que este subiu 39,6% desde 2016 e que o Governo propôs “o maior aumento de sempre” para 2022 (mais 40 euros, para 705 euros). Agora, “vamos ver se há acordo” para chegar a esse valor nas negociações com os patrões na Concertação Social, referiu, acrescentando não ser “responsável” aceder a chegar aos 800 euros que o PCP pedia.

“Em consciência não sinto que possa impor às empresas [o aumento do salário mínimo] e, por outro lado, não posso comprometer o futuro da Segurança Social”, afirmou por várias vezes.

António Costa recusou discutir com BE e PCP as responsabilidades pelo fim da geringonça: “Não vou querer andar a abrir feridas que importa sarar”, vincou, acrescentando que o país não precisa de “mais polémicas nem tricas políticas”. No entanto, afirmou, por duas vezes, que a líder bloquista, Catarina Martins, deseja a sua saída da liderança do PS.

Não fecha a porta “a ninguém”, nem mesmo à Direita

Quanto às eleições legislativas de 30 de janeiro, Costa disse ter o objetivo de “ganhar com o maior número possível de votos”. Não falou diretamente em maioria absoluta, mas pediu que os portugueses deem ao PS “força” suficiente para governar “de forma estável e duradoura”.

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