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Max Manos, a boysband que procura um estilo próprio

Johnson Chao

Os Max Manos são um grupo criado este ano em Macau e constituído por seis elementos, cinco dos quais da cidade e um de Yunnan. Com uma média de idades a rondar os 23 anos, estes seis jovens artistas foram escolhidos através de um processo de audições no continente, encontrando-se agora na fase de ensaios. O PLATAFORMA entrevistou os cinco elementos de Macau, que expressaram vontade em criar um estilo próprio e continuar a ensaiar ao ritmo habitualmente seguido por boysbands no estrangeiro. 

Cada um dos membros dos Max Manos desenvolveu diferentes talentos.

O RAP é a especialidade de Joaquim Lam Nogueira, uma competência que desenvolveu na Coreia do Sul. Foi também dele a sugestão do nome “Manos” para o grupo, já que a palavra, em língua portuguesa, “descreve perfeitamente a relação entre os membros”. 

Cat Si aprendeu a dançar folclore na escola, tendo evoluído para o Hip-Hop, a sua especialidade na banda.

Já Alex Ao Ieong é um performer e o elemento que dá a voz principal ao grupo. 

Johnson Fong também aprendeu a dançar folclore mas dedicou-se posteriormente a desenvolver o estilo “breaking”. Sendo praticante de artes marciais é sobre ele que recaem os movimentos mais difíceis das coreografias do grupo. Esclarece que foi às audições para aproveitar a presença neste projeto para desenvolver as capacidades como performer. 

King Sio é o sub-vocalista dos Max Mamos. Adianta que decidiu entrar no projeto como “um desafio” a si mesmo, “para superar os limites sem arrependimentos sobre o passado”.

Ding Yiran, natural de Yunnan, estudou na Shanghai Theatre Academy e na Beijing Film Academy, dedicando-se atualmente a filmar no continente.

No início de setembro o grupo teve a primeira atuação, durante o Auto-Show de Zhuhai. Alex Ao Ieong, líder dos Max Manos, esclareceu que o grupo tem pouco mais de um mês, mas vai continuar a promover o grupo online e a procurar outras oportunidades para atuações ao vivo.

“Ainda estamos numa fase de ensaios. A criação de um grupo requer muito mais tempo do que imaginamos”, indicou. Alex já participou em diferentes espetáculos em Macau, esclarecendo, contudo, que então era tudo mais fácil uma vez que não tinha a necessidade de coordenar ensaios com terceiros, por se tratarem de atuações a solo. Hoje, fazer um ensaio do grupo exige mais esforço e requer muito mais cooperação.

“Alguns dos membros do grupo têm experiência no mundo da dança. Outros, por não terem ainda grandes bases nesta área precisam de treinar mais de 10 horas por dia para preparar uma única atuação”, adiantou.

Os Max Manos tiveram também uma passagem de mais de uma semana por Xangai para receberem aulas de dança e canto. Para King Sio isso não é um problema. “Temos que nos expressar individualmente em cada uma das nossas atuações. Ensaiar até o palco ser nosso, sem medos”.

Para o líder dos Max Manos, Alex Ao Ieong, sendo este um grupo de Macau, existe o objetivo de desenvolver “um estilo próprio”. Quando se pergunta se procuram inspiração nas “boysband” sul-coreanas, assumiu que os Max Manos querem apenas seguir “o entusiasmo” que transpira das bandas na península.

“Iremos esforçar-nos tanto como as bandas sul-coreanas. Quer se trate de cultura coreana ou chinesa, o mais importante é darmos o nosso melhor. Queremos estar ao nível desses grupos e é para isso que estamos a trabalhar com intensidade”.

 Para Alex Ao Ieong uma das mais-valias do grupo passa por cada um dos membros ter características de base próprias, sendo por via disso “um grupo versátil, que tem canto, dança hip-hop, rap, etc”.

King Sio lembrou, com um sorriso, que os Max Manos são um grupo de Macau e, mesmo que tentassem “nunca poderiam ser iguais a um grupo sul-coreano”. 

Para Alex, um grupo junta as forças individuais de cada membro para criar um conjunto mais forte. 

“Quando seis pessoas se juntam, juntam-se também os fãs de cada um de nós, e no final temos 50 ou 60 pessoas a ver-nos atuar”. Nos planos para o futuro, Alex salientou que deseja “apenas escrever um tema original”. 

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Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

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