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Tailândia: Estudantes desafiam autoridades e prolongam protestos

Os estudantes tailandeses continuam a desafiar as autoridades, ao realizar manifestações proibidas e mantêm a intenção de continuar os protestos no domingo, depois de hoje ter sido detido um dos ativistas pró-democracia mais proeminente do país.

Cerca de 1.000 alunos reuniram-se na sexta-feira num espaço do ‘campus’ da Universidade Chulalongkorn, no centro de Banguecoque, para pedir uma nova Constituição, a renúncia do Governo, a reforma da monarquia e o fim da intimidação aos críticos, depois de Parit ‘Pinguim’ Chiwarak, uma das figuras do movimento pró-democracia, ter sido detido pelas autoridades.

A manifestação foi proibida pela universidade, que disse permitir reuniões políticas não violentas, mas que o aviso da realização da mesma foi feito com pouca antecedência para garantir a segurança.

Os organizadores do protesto anunciaram que seguiriam em frente com o evento de qualquer maneira, mesmo que os participantes fossem ameaçados com uma possível punição: “Estamos fartos da ditadura, das vozes populares serem ignoradas, dos ativistas perseguidos pelas autoridades, dos desaparecimentos forçados, do governo alinhar com os capitalistas, deixando o resto do povo a sofrer, a lei não ser aplicada às elites connosco, as pessoas sem qualquer tipo de poder”, afirmou Sirin Mungchareon, um dos participantes.

O vídeo da detenção de ‘Pinguim’, líder da União de Estudantes Tailandeses, foi transmitido ao vivo pela rede social Facebook, numa altura em que o ativista se deslocava de carro para uma manifestação, e mostra um polícia a ler as acusações antes de o colocar num carro, o que gerou uma onda de solidariedade nas redes sociais, especialmente na rede social Twitter, sob o ‘hashtag’ #SaveParit.

Esta é a terceira prisão de um ativista numa semana, depois das de um advogado e outro líder estudantil, a 07 de agosto, ambos libertados sob fiança 24 horas depois, e sobre os quais impendem 10 acusações, incluindo sedição e violação da lei de emergência sanitária.

Os protestos têm ganho força há várias semanas, mas assumiram um rumo polémico na segunda-feira, quando alguns palestrantes de outra universidade a norte de Banguecoque criticaram abertamente aspetos da monarquia constitucional da Tailândia.

A abertura desse desafio aquilo que é a instituição mais venerada do país enviou ondas de choque por toda a Tailândia, onde a monarquia é protegida por uma lei draconiana de difamação que acarreta uma pena de até 15 anos de prisão.

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