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Produção petrolífera diária da Guiné Equatorial em baixa

A produção petrolífera diária na Guiné Equatorial sofreu uma queda em maio de cerca de 33 mil barris por dia, para 93.000, de acordo com os dados divulgados hoje pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)

O mais recente relatório mensal da OPEP, publicado hoje e baseado em fontes secundárias da organização, mostra que a produção petrolífera equato-guineense baixou em maio, depois de uma subida ligeira em abril.

Em março, a contagem da OPEP assinalou 122.000 barris diários, sendo que esta produção viria a aumentar no mês seguinte, para 126.000 barris por dia.

A Guiné Equatorial foi o segundo país com menor produção petrolífera em março entre os 13 que integram a OPEP, à frente da Líbia (82.000 barris por dia) e atrás de Gabão (189.000 barris) e República do Congo (272.000 barris).

O relatório da OPEP conta também com dados de “comunicações diretas” pela Guiné Equatorial, que apontam para uma quebra de 36.000 barris da produção petrolífera diária, que passou para 86.000 barris em maio, face aos 122.000 de fevereiro.

Nos últimos 20 anos, a exploração dos recursos petrolíferos foi o principal pilar para o crescimento desta economia.

Para evitar uma dependência elevada da exploração do petróleo, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) comprometeu-se, em setembro do ano passado, a apoiar a diversificação económica no país, através de um programa que incidirá, entre outros, sobre a transformação agrícola.

De acordo com dados do BAD, a queda do preço do petróleo afetou os investimentos públicos, que em 2017 representaram 17,2% do Produto Interno Bruto (PIB) da Guiné Equatorial, diminuindo face aos 24,6% registados em 2013.

No relatório mensal sobre o mercado do petróleo, a OPEP refere que a aliança OPEP+, composta por 23 países – 13 OPEP e 10 não OPEP -, reduziu a produção conjunta em 8,84 milhões de barris por dia.

Em abril, os países da OPEP aprovaram um corte de 9,7 milhões de barris por dia entre 01 de maio e 30 de junho deste ano, devendo então este corte ser reajustado para oito milhões de barris por dia até ao final do ano, numa tentativa de nivelar um mercado particularmente afetado pela pandemia de covid-19.

Em 06 de Junho, a OPEP+ decidiu prorrogar este corte recorde até 31 de julho e analisar mensalmente o cumprimento do acordo e a situação do mercado.

Devido às consequências da propagação do novo coronavírus, com o impacto na economia e a diminuição do consumo, o Comité Técnico Conjunto da OPEP tem vindo a recomendar cortes na produção de petróleo.

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