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Motor do crescimento económico mundial

Meios de comunicação estrangeiros relatam que, apesar do grande número de variáveis no panorama internacional, muitos economistas e líderes empresariais continuam acreditar de forma unânime que a China continuará a desempenhar o seu importante papel de motor do crescimento económico global.

Devido à diminuição das exportações, ao declínio do investimento e ao excesso de capacidade de produção industrial, o ritmo de crescimento da economia chinesa começou a abrandar, contudo, o governo chinês continua a fazer esforços para cultivar novas forças de crescimento através de incentivos à inovação e do desenvolvimento da sua estrutura económica.

Relativamente a este assunto, Paul Sheard, vice-presidente executivo e economista-chefe da S&P Global, afirma: “Isto é, sem dúvida, uma história animadora.”

Na opinião de Sheard, a economia chinesa, sendo uma das principais economias mundiais, está a atravessar importantes mudanças. O esforço dedicado pela China às suas reformas em todas as áreas torna este país incomparável, e o facto de a China ter conseguido manter um crescimento económico de quase dois dígitos durante 35 anos consecutivos também é uma prova do seu potencial.

Muitos referem também que a inovação irá apoiar continuamente os esforços da China nas suas reformas, estando a inovação refletida nas indústrias das altas-tecnologias, Internet, comércio online e também nas indústrias de novos produtos e serviços.

Matthew Nimetz, diretor consultivo da General Atlantic, acredita que, no futuro, a competitividade das empresas chinesas continuará a crescer ao longo dos tempos.

Dan Stein, vice-presidente sénior da CBI Bank & Trust, comenta: “Atribuo enorme importância às empresas chinesas da Internet, ciência e tecnologia, sigo atentamente empresas como a Alibaba, a Baidu e a Tencent, pois são pioneiras na indústria.”

Alguns observadores afirmam que o comércio eletrónico constitui a linha da frente da reforma chinesa. Quer em termos de rapidez, eficácia ou dimensão, o crescimento trazido pelo comércio eletrónico é algo excecional.

Segundo Paul Greenberg, diretor executivo da Associação Nacional de Retalhistas Online da Austrália (NORA, na sigla em inglês), a população de 1,38 mil milhões da China “constitui de facto uma oportunidade para muitas empresas”. Com base nestas tendências, prevê-se que o crescimento da economia chinesa atinja os 6,7%, ficando dentro da meta nacional de 6,5 a 7%.

No ano anterior o mundo deparou-se com diversos “acontecimentos”, incluindo o Brexit e a eleição de Trump como presidente dos Estados Unidos, eventos que desafiam os valores convencionais.

O relatório de perspetivas de investimento para 2017 publicado pela UBS aponta: “Evitámos mais uma “Grande Depressão”, porém os seus “grandes declínios” são impossíveis de evitar, deixando diversas marcas na situação de “novo medíocre” referida pelo FMI. Contudo, as perspetivas para o próximo ano são relativamente risonhas, a atividade positiva dos mercados em ascensão irá impulsionar esta recuperação, e a China continuará a desempenhar o papel de motor de crescimento destas economias.”

“Vejo a influência da economia chinesa em praticamente todos os cantos do mundo”, afirmou Stein da CBI Bank & Trust.

Vladimir Shtol, professor da Academia Presidencial Russa de Economia Nacional e Administração Pública, referiu que a China está atualmente em processo de implementação de políticas e de concretização dos seus objetivos, manifestando a importância de um avanço firme e seguro sem atribuir demasiada importância à velocidade. 

“Acredito que a China terá um futuro brilhante”, afirmou. Shtol referiu ainda que a China já anunciou diversos planos de grande dimensão, incluindo a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, planos esses que terão no futuro a sua total implementação e que trazem perspetivas promissoras.

Paul Greenberg, diretor executivo da NORA, apela a que as empresas participem na “nova economia” de rápido crescimento da China, incluindo o comércio eletrónico.

Greenberg afirma: “Acredito que, em termos de dimensão do mercado do comércio eletrónico, a China encontra-se no topo. No que diz respeito ao potencial de desenvolvimento, a China também possui sem dúvida a liderança.”

Embora o estatuto de economia de mercado da China ainda não seja reconhecido por algumas economias, as empresas multinacionais e as empresas chinesas atribuem às reformas de mercado da China o segredo do extraordinário ritmo de crescimento empresarial.

A empresa francesa de produtos cosméticos L’Oréal, por exemplo, testemunhou a transformação económica da China desde a sua entrada na Organização Mundial do Comércio em 2001. Stephane Rinderknech, vice-presidente da L’Oréal China, afirma: “Nos próximos 15 anos, a L’Oréal irá esforçar-se para penetrar no enorme mercado chinês, de forma a que todas as mulheres chinesas possuam um batom.”

Stephane Rinderknech refere que a empresa tem beneficiado com a abertura económica da China, acrescentando ainda o facto de o país ter reduzido as tarifas de importação. Desde a sua entrada no mercado chinês em 1997, a L’Oréal presenciou o rápido crescimento económico da China. Em 2015 a China ultrapassou a França e tornou-se no segundo maior mercado para a marca.

Desde a sua adesão à Organização Mundial do Comércio, a China tem sido de forma constante um popular destino de investimento estrangeiro. Em 2015, o uso real de capital estrangeiro da China alcançou os 126,3 mil milhões de dólares, 2,7 vezes superior ao valor de 2001. Nos dez primeiros meses de 2016, o uso real de capital estrangeiro da China foi de 666,3 mil milhões de yuans, um crescimento homólogo de 4,2% num contexto de crise económica mundial.

Para além de atrair investimento estrangeiro, a adesão da China à OMS também ajudou à internacionalização dos produtos chineses. Mei Xinyu, investigador do Departamento do Comércio, referiu que em 2001 as exportações de produtos chineses alcançaram os 266,2 mil milhões de dólares, representando 4,3% do total mundial de exportações. Porém em 2015 esse número ultrapassou os 2,27 biliões de dólares, constituindo 13,8% do total mundial. Mei Xinyu afirma que a China já cumpriu o que foi prometido à OMS, reduzindo as tarifas de importação e abrindo a indústria de serviços. O nível médio da taxa aduaneira já diminuiu de 15,3% para 9,8%. 

Tu Tian

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