Os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) anunciaram esta semana a intenção de apoiar a Guiné-Bissau e de reunir apoios da comunidade internacional para garantir o desenvolvimento do país.
“Há o interesse dos nossos países em dar o apoio que for preciso, de acordo com os meios que cada um de nós possuir, para que a Guiné-Bissau consolide o processo democrático, consolide a paz e a estabilidade, condições fundamentais para o arranque e desenvolvimento”, afirmou o ministro timorense dos Negócios Estrangeiros, José Luís Guterres, após o Conselho de Ministros, que antecedeu a cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP, em Díli.
“Há um consenso de que precisamos fazer mais pela Guiné-Bissau”, disse Guterres, sublinhando que “cada um dos países tem a sua própria conjuntura económica” e, por isso, não se pode dizer que a CPLP “sozinha vai resolver todos os problemas” daquele país africano.
Segundo o ministro, “há a ideia de organizar uma conferência internacional para que os doadores dos diversos países possam dar a sua contribuição”, nomeadamente os membros da União Europeia, das Nações Unidas, da União Africana ou da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
O governante timorense referiu ainda que a CPLP decidiu renovar o mandato do representante especial para a Guiné-Bissau, Carlos Moura, nomeado no início deste ano.
“Certamente ele irá, em consonância com a União Africana e com a CEDEAO, arranjar forma de consultas com vários intervenientes para que encontremos o apoio político e financeiro necessário para fazermos o arranque para o desenvolvimento do país-irmão da Guiné-Bissau”, declarou.