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Moçambique “aberto” ao investimento chinês

 

O investigador moçambicano Sérgio Chichava, editor de um importante livro sobre as relações do seu país com a China, defende que devem ser os africanos a avaliarem como obter os melhores resultados nessa parceria. “Penso que os chineses abriram as suas portas para África e agora cabe aos africanos mostrarem como podem beneficiar dessa abertura. Isto, na verdade, depende de África, não é um problema chinês”, considerou o investigador do influente Instituto de Estudos Sociais e Económicos, de Maputo, citado pelo jornal China Daily.

Sérgio Chichava, 39 anos, é coeditor, com Chris Alden, da London School of Economics  do livro “China and Mozambique: From Comrades to Capitalists”, editado este ano e que integra obras dos dois e de mais oito académicos.

As relações económicas entre Moçambique e a China cresceram de 10 mil milhões de dólares em 2000 para mais de 200 mil milhões de dólares no ano passado. “Como sugere o título do livro, pretendemos ver como tudo mudou, desde o período de antes da independência, quando muitos guerrilheiros da Frelimo (partido no poder em Moçambique) visitaram a China e forjaram relações fortes com o Partido Comunista chinês para as relações mais orientadas para os negócios, como as que hoje existem”, disse Chichava.

O académico considera que os moçambicanos estão abertos ao maior envolvimento da China no seu país. “No seu todo, a população não critica a presença chinesa em Moçambique. A maior questão é que veem as elites locais a beneficiarem com essa relação e aí está um ponto de dificuldade”, defendeu Chichava.

 

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