A mostra contará com 25 fotografias originais do fotógrafo António Duarte Mil-Homens tiradas em 1999 no âmbito da cobertura para a Revista Macau dos vários momentos do processo de transferência, bem como parte das fotografias que figuram no livro de José Pedro Castanheira, jornalista do Expresso, “Macau: Os últimos 100 dias do Império” – Livros do Oriente e D. Quixote.
As 25 imagens ilustram três momentos do processo, mostrando na primeira secção instantes como a última reunião do Conselho Consultivo do governador Rocha Vieira, ou a última sessão solene do Leal Senado de Macau e outras cerimónias oficiais.
Como o descerrar de uma placa na Gruta de Camões, jardim com o mesmo nome, ou a presentação do primeiro Cônsul-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Embaixador Carlos Frota.
Um segundo segmento enquadra fotografias referentes à cerimónia da transferência, marcada simbolicamente pelo arrear das bandeiras de Portugal e do Leal Senado de Macau e pelo hastear das da República Popular da China e da nova Região Administrativa Especial de Macau, os discursos do Presidente da República de Portugal, Jorge Sampaio e do Presidente da República Popular da China, Jiang Zemin, entre outros momentos.
Por último, surgem algumas imagens das festividades realizadas nas ruas da cidade, como a entrada no território do contingente do Exército Popular de Libertação e a parada popular que se seguiu, ilustrando o início uma nova era em Macau, com a criação da RAEM.
As fotografias que constituem esta mostra visam tão somente relembrar, 25 anos decorridos, os acontecimentos que marcaram a transição.
São documentos históricos, irrepetíveis, originados ainda em formato analógico, filme, portanto, com a “qualidade técnica” prejudicada pelas contingências, com muitos milhares de rolos de película a serem revelados, essencialmente os da cerimónia oficial. Daí o “grão” aparente, marca distintiva de muitos trabalhos fotográficos de então.