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Exportações lusófonas para a China fixam novo recorde até julho

As exportações dos países lusófonos para a China registaram o melhor arranque de ano de sempre, ao atingir 82,9 mil milhões de dólares nos primeiros sete meses de 2024.

Este é o valor mais elevado para o período entre janeiro e julho desde que o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau) começou a apresentar este tipo de dados dos Serviços de Alfândega da China, em 2013.

As exportações aumentaram 6,5% em termos anuais sobretudo devido ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas cresceram 6,1%, para 69,2 mil milhões de dólares (62 mil milhões de euros), um novo máximo para os primeiros sete meses do ano.

As vendas de mercadorias de Angola para a China aumentaram 11,8% para 10,4 mil milhões de dólares (9,32 mil milhões de euros), enquanto as exportações de Portugal subiram 9,2% para 1,75 mil milhões de dólares (1,57 mil milhões de euros).

Os dados, divulgados na terça-feira, mostram que a maioria dos países de língua portuguesa exportou mais para a China, incluindo Moçambique, cujas vendas subiram 10,8%, para 848,8 milhões de dólares (760,1 milhões de euros).

Também a Guiné-Bissau (+1226,7%) viu as exportações para a China aumentar nos primeiros sete meses de 2024, embora o país não tenha vendido mais de 500 dólares (450 euros) em mercadorias.

Pelo contrário, as exportações da Guiné Equatorial para o mercado chinês desceram 7,4%, para 673,5 milhões de dólares (603 milhões de euros), enquanto as vendas de Timor-Leste (menos 99,3%), Cabo Verde e São Tomé e Príncipe (ambos menos 86%) também caíram em comparação com o período entre janeiro e julho de 2023.

As exportações aumentaram 6,5% em termos anuais sobretudo devido ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas cresceram 6,1%, para 69,2 mil milhões de dólares, um novo máximo (Photo by ROSLAN RAHMAN / AFP)

Na direção oposta, os países lusófonos importaram mercadorias no valor de 49,3 mil milhões de dólares (44,2 mil milhões de euros) da China, um aumento anual de 17,1% e um novo recorde para os primeiros sete meses do ano.

O Brasil foi o maior parceiro comercial chinês no bloco lusófono, com importações a atingirem 41,6 mil milhões de dólares (37,3 mil milhões de euros), seguido de Portugal, que comprou à China mercadorias no valor de 3,6 mil milhões de dólares (3,23 mil milhões de euros).

Ao todo, as trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China atingiram 132,2 mil milhões de dólares (118,4 mil milhões de euros) entre janeiro e julho, mais 10,2% do que em igual período de 2023 e um novo máximo para os primeiros sete meses do ano.

A China registou um défice comercial de 33,5 mil milhões de dólares (30 mil milhões de euros) com o bloco lusófono no período entre janeiro e julho deste ano.

Em abril, o Fórum de Macau realizou a sexta conferência ministerial, durante a qual foi aprovado o novo plano de ação do organismo até 2027, concentrado em novas áreas de cooperação, como a economia digital e a economia azul.

Plataforma com Lusa

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