Em 14 de Novembro de 2017, um ano e meio depois de ter sido encontrado na Mina de Lulo, nordeste de Angola, o 404, como passou a ser chamado, foi leiloado pela Christie’s, em Genebra, e arrematado por um comprador anónimo pela astronómica quantia de 33,5 milhões de dólares, um recorde mundial para a venda de pedras preciosas em leilão. Depois de ter sido descoberto no Lulo por uma empresa australiana, o 404 viajou até Nova Iorque, onde foi analisado pelos peritos do Gemological Institute of America, que concluíram, lapidarmente, que “a sua extrema raridade não pode ser sobrestimada”. Daí, avançou uns metros até ao Diamond District, entre a 5.ª e a 7.ª Avenidas, onde, na sede do Julius Klein Group, um grupo de 10 especialistas cortou e lapidou o maior diamante que alguma vez lhe tinha passado pelas mãos.
Durante várias semanas, o perito em diamantes Isaac Barhorin limitou-se a olhar para ele, a observá-lo de todos os ângulos, ao infinitésimo de milímetro, para marcar os pontos e as linhas por onde deveria ser cortado. A seguir, em 29 de Junho de 2016, após meses de análises e de testes, um octogenário venerando, Ben Green, considerado o melhor cortador de diamantes do mundo, dividiu o 404 em dois. Seguiram-se semanas de aperfeiçoamento do corte na roda de polimento e só ao fim de seis meses se alcançou o produto final, um diamante de 163,41 quilates lapidado em forma de esmeralda.
Leia mais em Diário de Notícias