O novo Complexo Hospitalar de Saúde das Ilhas abriu a sua primeira fase a 20 de dezembro, com o novo hospital a triplicar o espaço de saúde atual na RAEM. Com mais de 400 mil metros quadrados, o novo hospital tem mais do dobro do espaço do Hospital Conde São Januário e de todos os centros de saúde da cidade em conjunto.
O complexo custou cerca de 10 mil milhões de patacas a construir, mas o investimento previsto em hardware e equipamentos de saúde foi definido em 13 mil milhões de patacas.
Segundo a proposta de lei para o orçamento de 2024, o Governo prevê gastar quase 1.7 mil milhões de patacas no novo hospital, um terço deste montante só em pessoal.
Apesar de ser construído com dinheiro do orçamento da RAEM, o Hospital das Ilhas vai funcionar principalmente como uma entidade privada, sendo gerido pelo Peking Union Medical College Hospital, um hospital de referência de Pequim.
Essa entidade será responsável pela exploração e apenas quando os residentes são encaminhados pelos centros de saúde públicos ou pelo Hospital Conde São Januário, os preços serão iguais aos praticados no serviço público.
Numa entrevista à TDM Canal Macau, esta semana, a secretária para a Saúde e Assuntos Sociais, Elsie Ao Ieong, revelou que o Hospital das Ilhas confere a Macau a capacidade de tratar casos médicos que até agora não tinham solução no território.
A primeira fase do hospital – denominado também como Centro Médico de Macau do Peking Union Medical College Hospital – e que foi agora inaugurada – incluiu a construção dos edifícios do Hospital Geral, de Apoio Logístico, de Administração e Multi-Serviços.
As obras do Hospital de Reabilitação da segunda fase terão início em 2024, prevendo-se a sua conclusão em 2027.
Com a abertura do novo hospital, as autoridades preveem que os Serviços de Saúde tenham o aumento mais significativo no número de funcionários de todos os serviços no próximo ano – cerca de 200, incluindo médicos, enfermeiros e funcionários administrativos.
Com a conclusão da linha de metro de Seac Pai Van prevista para fevereiro de 2024, o novo hospital passará também a estar ligado à nova rede de transportes da cidade, que recentemente ligou a Taipa à península de Macau.