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“As autoridades portuguesas são muito amigáveis e atenciosas com os chineses ultramarinos”

Nelson Moura e Victoria Man

O vice-presidente chinês visitou Portugal de 7 a 10 de maio. Em grande parte do tempo, acompanhado pela União dos Imigrantes Chineses em Portugal. Ao PLATAFORMA, a Associação diz-se bem tratada no país, apesar de querer maior facilidade na residência para desenvolver negócios. Para isso, defende o papel de Macau no aprofundamento das relações, por ser “quem melhor compreende” o ambiente português

A visita do vice-presidente chinês foi muito importante para a União dos Imigrantes Chineses em Portugal. Foi uma forma de transmitir confiança à comunidade para “desempenharem um papel mais importante no desenvolvimento económico e social entre os dois países”.

O vice-presidente da China esteve em Portugal entre 7 e 10 de maio, tendo realizado encontros com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa. A associação acompanhou o membro do Governo chinês em grande parte das suas visitas, nomeadamente no Norte do país.

Criada em 1992, a associação de imigrantes chineses tem como objetivo “divulgar as tradições chinesas, aumentar a amizade entre os chineses ultramarinos, comunicar com a pátria e promover a amizade entre a China e Portugal”.

Ao PLATAFORMA, a União garante que a comunidade tem sido bem tratada no país. “As autoridades portuguesas são muito amigáveis e atenciosas com os chineses ultramarinos, e muitas vezes informamos os altos funcionários do Governo local sobre a vida profissional da comunidade. Às vezes, convidamos departamentos governamentais a participar em algumas das atividades da nossa comunidade”, salienta a associação.

“Está a tornar-se cada vez mais conveniente e fácil para nós tratar de vários assuntos em Portugal. Durante a pandemia, as autoridades portuguesas tornaram mais prático tratar de assuntos de residência online, de maneira a evitar deslocações e tornar a solicitação e a aprovação mais rápida e conveniente”.

Mesmo assim, a associação deseja que Portugal “proporcione procedimentos mais cómodos e eficazes”, apontando para a substituição de certificados de residência caducados – documento essencial para desenvolver atividade económica no país.

Han Zheng, antigo membro do Politburo e pelos assuntos de Macau e Hong Kong, deslocou-se também ao Porto, onde se encontrou com membros do Instituto Confúcio, a União dos Imigrantes Chineses em Portugal e membros do setor empresarial no Norte do país.

A associação espera que as autoridades chinesas tenham cada vez mais meios para potenciar a comunicação com a diáspora chinesa em Portugal. Neste capítulo, enaltece o papel de Macau nas relações sino-lusófonas.

“Macau (…) tem uma compreensão mais direta da política, economia, sociedade e cultura do que a nossa comunidade e a diáspora chinesa” destaca. Por essa razão, ai certamente desempenhar um novo e melhor papel na construção de uma relação mais amigável entre a China e Portugal. A visita do Chefe do Executivo de Macau a Portugal foi também um grande estímulo para nós no sentido de aprofundar as relações sino-portuguesas.”

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