A infidelidade ‘contagia-se’? Estudo diz que ler sobre traições dos outros impulsiona imitação

Saber e ler que outras pessoas podem estar a desenvolver relações extra-conjugais pode levar a que a se opte por comportamento semelhante, diz investigação que juntou infidelidade e social media
Tudo e todos são afetados pelo contexto, as relações não escapam a esta dinâmica. A convicção chega de um estudo levado a cabo pela universidade israelita Reichmann. “Mostrámos que a exposição a normas de adultério diminuiu o compromisso com o parceiro atual, enquanto aumentava as expressões de desejo por parceiros alternativos”, explicam os investigadores em comunicado.
A investigação pretendeu encontrar as eventuais razões externas que impulsionam a traição, tendo, para isso, criado uma sequência de três análises expondo os participantes a eventuais infidelidades online e a consequente perceção de desejo de traição à relação atual em que estavam.
Numa primeira fase, 145 participantes assistiram a um vídeo que elencava vários estudos que abordavam as percentagens de infidelidade. Posteriormente, foram convidados a descrever uma fantasia sexual que envolvesse outra pessoa que não o parceiro, tendo sido os testemunhos depois analisados.
E se apenas ver não parece ter trazido uma maior prevalência da traição, ler e escrever teve toda uma outra dinâmica. No segundo estudo, então, 132 participantes leram confissões que descreviam incidentes de traição por parte de um parceiro, viram fotos de anónimos e perguntaram as inquiridos se os poderiam ver como parceiros potenciais. Os resultados desta segunda fase da análise indicaram que os que leram sobre traição por parte de um parceiro pareciam mais disponíveis para se envolverem potencialmente com os estranhos.
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