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Partidos do Governo timorense apoiam candidatura de Lú-Olo

Lusa

Responsáveis dos três partidos no Governo timorense confirmaram ontem que apoiarão a candidatura do atual chefe de Estado, Francisco Guterres Lú-Olo, na segunda volta das eleições presidenciais marcadas para abril

Os líderes máximos dos três partidos – Fretilin, PLP e KHUNTO – estiveram hoje juntos numa conferência nacional do Partido Libertação Popular (PLP) que analisou quer o apoio nas eleições presidenciais quer a manutenção da plataforma de entendimento a três para as legislativas de 2023.

Aos jornalistas, Taur Matan Ruak, primeiro-ministro e presidente do PLP, anunciou formalmente que apoia a candidatura de Lú-Olo na segunda volta das presidenciais – nunca se pronunciou na primeira volta – e que vai mesmo tirar férias para participar na campanha eleitoral.

“O meu plano é o seguinte: primeiro assegurar que a coligação, em 2023 continua a trabalhar juntos, a competir para as eleições legislativas. Depois no quadro do projeto de continuarmos a trabalhar juntos, apoiar como o candidato a presidente para um novo mandato, o senhor Francisco Guterres Lú-Olo, atual presidente”, afirmou Taur Matan Ruak em declarações aos jornalistas.

Intervindo na mesma ocasião, o líder máximo do KHUNTO, José Naimori anunciou aos jornalistas que também o seu partido apoia o atual chefe de Estado.

“Os nossos três partidos estão juntos para apoiar o irmão Lú-Olo para que seja presidente para mais um mandato”, José Naimori.

Mari Alkatiri, secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) mostrou-se confiante, em declarações aos jornalistas, de que os três partidos estão juntos no apoio a Lú-Olo.

“Estou seguro de que o PLP e o KHUNTO, juntos com a Fretilin apoiam Lú-Olo. É uma plataforma que apoia a candidatura nacional de Lú-Olo”, disse.

Taur Matan Ruak disse que vai meter férias durante o período da campanha, marcada entre 02 e 16 de abril, e que na sua ausência as funções de primeiro-ministro serão asseguradas pela vice-primeira-ministra Armanda Berta dos Santos.

Berta dos Santos, presidente do Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) foi a terceira candidata mais votada na primeira volta das presidenciais com 8,69% dos votos.

“Todos os militantes têm que manter esta posição, assegurando que estamos juntos até 20233 e que damos a vitória a Lú-Olo”, afirmou.

Francisco Guterres Lú-Olo, o segundo mais votado na primeira volta das eleições presidenciais, em 19 de março – quando obteve 22,16% dos votos – disputa a segunda volta das eleições com José Ramos-Horta, que obteve 46,51% dos votos.

O atual chefe de Estado é apoiado oficialmente pela Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), o maior partido no parlamento e um dos três no Governo, a par do PLP de Taur Matan Ruak e do Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) de José Naimori.

Os dois candidatos que disputam a primeira volta estão atualmente em contactos com várias forças políticas relativamente a apoios para a segunda volta.

Entre os candidatos mais votados aguarda-se ainda uma decisão formal de Lere Anan Timur – quarto mais votado com 7,57% dos votos – e do Partido Democrático (PD) que apoiou a candidatura de Mariano Assanami Sabino – que foi o quinto mais votado com 7,26% dos votos.

Alguns candidatos já anunciaram o seu apoio, entre eles Anacleto Ferreira, Rogério Lobato e Isabel Ferreira que vão apoiar José Ramos-Horta.

Outros, como Milena Pires, e Virgílio Guterres decidiram deixar a decisão à liberdade dos seus apoiantes, apesar deste último afirmar que não apoiará um candidato que pretende dissolver o parlamento, numa referência a Ramos-Horta.

Questionado sobre o facto da sua mulher, Isabel Ferreira, já ter anunciado publicamente que apoia a candidatura de José Ramos-Horta, o primeiro-ministro disse que em sua casa se pratica democracia.

“Na nossa família há democracia, praticamos democracia em casa. Temos pessoas protestantes, católica, muçulmanas. E na política temos família da Fretilin, do CNRT, do PLP e não há qualquer problema. Essa é a democracia”, afirmou.

Entre os participantes no encontro do PLP de hoje estiveram Hugo Fernandes, do Centro Nacional Chega!, que na primeira volta da campanha surgiu ao lado de Lere Anan Timur e Azevedo Marçal, chefe de gabinete do primeiro-ministro e que esteve ao lado de Isabel Ferreira.

Lere Anan Timur foi convidado, explicou, mas não pode participar “ainda que a Fretilin esteja representada ao mais alto nível, com a presença do secretário-geral”.

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