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E-commerce chinês pode ajudar o Brasil a recuperar da pandemia

O crescente interesse das plataformas de e-commerce chinesas no mercado brasileiro tem estimulado o consumo e pode ajudar a economia do Brasil a recuperar da pandemia de Covid-19, avançou o jornal estatal chinês, Diário do Povo. 

Segundo dados da Nielsen Holdings Inc, as vendas através do comércio eletrónico (e-commerce) atingiram 53 mil milhões de reais (10,2 mil milhões de dólares americanos) no Brasil durante a primeira metade de 2021, mais 31 por cento do que no período homólogo de 2020. 

O diretor do Instituto da América Latina, da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS), Zhou Zhiwei, disse ao Diário do Povo que as plataformas chinesas de e-commerce têm atraído um leque muito vasto de consumidores brasileiros. 

O crescimento do comércio eletrónico vai ajudar a diversificar as trocas comerciais entre a China e o Brasil, que se têm concentrado na exportação de matérias-primas, defendeu Zhou Zhiwei. 

Plataformas como a AliExpress, do grupo Alibaba Group Holding Ltd., têm disponibilizado ao Brasil serviços de logística eficientes, tanto em termos de custos como de tempo de entrega, refere o jornal. 

O Brasil é o primeiro país do continente americano a permitir o registo de vendedores locais e o sexto do mundo, disse Yaman Alpata, diretor do departamento de vendas da Ali Express no Brasil.  

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Ao contrário de outros concorrentes, a Ali Express – no Brasil desde 2019 – não tem o seu próprio centro de distribuição no país. O envio dos produtos adquiridos através da Ali Express será coordenado pela Cainiao, uma empresa logística pertencente ao grupo Alibaba, que já opera no Brasil. Os vendedores locais também poderão utilizar as suas próprias operações logísticas, se preferirem, e podem agora registar-se na plataforma Ali Express, pagando uma comissão entre cinco a oito por cento, dependendo do tipo de produto.  

Segundo Viviane Gomes Almeida, gerente de vendas da AliExpress Brasil, é relevante para os negócios da empresa, e a decisão de registar vendedores brasileiros já foi mapeada, especialmente com o crescimento do comércio eletrónico no país. Mas as dificuldades logísticas globais, como o aumento dos preços de transporte, falta de navios e aviões para entregas, são fatores tidos em conta pela empresa ao permitir a entrada de vendedores brasileiros. 

O crescimento das vendas online no Brasil tem atraído outras plataformas de comércio asiáticas. A Shopee, de Singapura, já trabalha com vendedores brasileiros, e a Shein, empresa chinesa especialista em vestuário barato, traz produtos importados da China. Ambas operam no país há pelo menos dois anos. 

De acordo com o relatório E-commerce in Brazil, o comércio online no país atingiu 1,49 mil milhões de visitas em fevereiro de 2021, um aumento de 21 por cento em relação ao período homólogo de 2020. 

O relatório mostra que houve um crescimento de 51,43 por cento nos produtos importados, em comparação anual, o que pode ser entendido como um reflexo do crescimento das plataformas de comércio eletrónico asiáticas no Brasil.  

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