Mais de 100 políticos, incluindo o atual Presidente da República venezuelano, Nicolás Maduro, os ex-Presidentes do Brasil Lula da Silva e Dilma Roussef, pediram a libertação do fundador do WikiLeaks, Julian Assange.
Vários antigos e atuais chefes de Estado e de Governo, numerosos deputados e diplomatas de 27 países assinaram uma carta promovida pela organização internacional de advogados “lawyers4assange” na qual se pede ao Reino Unido a suspensão da extradição para os EUA e em que se denuncia “a ilegalidade” do julgamento contra Assange, segundo um comunicado. Confira as figuras políticas que assinaram a carta aqui.
Julian Assange, 49 anos de idade, é um editor de nacionalidade australiana que ficou conhecido pelo website WikiLeaks, fundado em 2006. Em 2010, uma série de informações confidenciais foram publicadas no WikiLeaks, através de uma militar das forças norte-americanas, Chelsea Manning. As fugas de informação incluíam o assassinato colateral do ataque aéreo em Bagdá, o Diário da Guerra de Badgad e Cablegate. Depois das publicações, o governo norte-americano iniciou uma investigação criminal ao WikiLeaks.
Na carta, os advogados e peritos jurídicos sustentam que o julgamento de extradição instigado pelos EUA, que acusa o australiano de 18 alegados crimes de espionagem e intrusão informática, “viola o direito nacional e internacional e os direitos a um julgamento justo e outros direitos humanos” e “ameaça a liberdade de imprensa e a democracia”.
A iniciativa junta-se a outras campanhas promovidas para obter a libertação do jornalista (que se encontra em prisão preventiva), incluindo uma da Amnistia Internacional (AI) na qual pede a Washington que retire as suas acusações, que já recolheu mais de 400 mil assinaturas.
O julgamento de extradição em Londres entra agora na terceira semana.