Especialistas dizem que casos do síndroma Sim-P nas crianças são relativamente raros, mas fazem alerta para a necessidade de um diagnóstico precoce
Primeiro, veio a febre alta, que não passava. Depois, surgiram manchas na ponta dos pés. Como é médica, Caroline Oliveira, 34, desconfiou ao ver o quadro do filho Miguel, de um ano e meio.
Um dia antes, seu marido apresentou sintomas de Covid-19, mas a situação do filho, que começou a ter febre logo em seguida, parecia diferente.
“Eu já tinha visto um artigo sobre casos de uma síndrome inflamatória rara na Itália. Fiquei preocupada, mas pensei que era coisa da minha cabeça”, afirma. “Mas logo as manchas pioraram.”
Assustada, Caroline fez duas visitas a médicos com o filho —em uma delas, os exames tinham poucas alterações, e ela foi orientada a voltar para casa e monitorar a evolução.
“Mas a febre ainda estava altíssima e as manchas começaram a ficar arroxeadas. No dia seguinte, vi que ele estava mal, sonolento e que começou a baixar o nível de consciência. Entrei em desespero.”
Em nova ida ao hospital, Miguel foi internado e transferido a UTI. O quadro foi diagnosticado como síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (Sim-P), doença que vem sendo investigada por uma possível associação com a Covid-19.
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