Os militares que tomaram o poder no Mali e forçaram o Presidente Ibrahim Boubacar Keita a demitir-se, afirmaram hoje que pretendem uma “transição política civil” que conduza a eleições gerais dentro de um “prazo razoável”.
“Nós, as forças patrióticas agrupadas no Comité Nacional para a Salvação do Povo (CNSP), decidimos assumir as nossas responsabilidades perante o povo e perante a história”, disse o porta-voz dos militares e vice-chefe de Estado-Maior da Força Aérea, coronel Ismaël Wagué, numa declaração emitida às 03:40 (04:40 em Lisboa) pela televisão pública ORTM.
“O nosso país […] afunda-se dia após dia no caos, na anarquia e na insegurança, por culpa dos homens encarregados do seu destino”, acusou o oficial, denunciando o “clientelismo político” e “a gestão familiar dos assuntos do Estado”.
Ministro da Defesa de Portugal, João Gomes Cravinho, disse estar a acompanhar com grande preocupação a crise no país, onde estão destacados 63 militares da Força Aérea Portuguesa.
Leia mais em Diário de Notícias