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Oito meses não chegam para saber se pode haver reinfeções de covid

Pode haver reinfeções de covid? A pergunta ainda não tem resposta definitiva. A dúvida ressurge depois de ministro filipino que esteve infetado em março ter tido novo teste positivo.

Cinco meses depois de ter sido diagnosticado com covid-19, o ministro do interior filipino, Eduardo Ano, testou de novo positivo para o SARS-CoV-2 no último sábado, depois de na última semana ter tido sintomas compatíveis com a doença.

A notícia foi divulgada pelas autoridades de saúde filipinas, que estão a investigar a situação e que evitam, para já, usar a palavra reinfeção. Mas o caso reacende preocupações sobre a possibilidade de reinfeção pelo SARS-CoV-2, a poucos meses de um novo inverno no hemisfério Norte, que se antecipa cheio de incertezas.

Se alguma certeza existe, nesta altura, é a de que oito meses de pandemia não são ainda suficientes para se conhecer todos os detalhes sobre o novo vírus, a infeção que ele provoca e, sobretudo, a duração da imunidade que desencadeia no organismo humano. Três meses? Um ano? Mais?

Ninguém sabe ao certo. Não há ainda conclusões definitivas sobre esta questão e, sobretudo, a doença é ainda muito recente: oito meses não chegam para se ter certezas e, daí, a preocupação em relação aos meses de inverno.

O frio, como se sabe, favorece as infeções respiratórias e ninguém sabe quais poderão ser as consequências da circulação simultânea na população do SARS-CoV-2 e do vírus da gripe em termos de saúde pública e do seu impacto nos sistemas de saúde.

Além disso, se a duração da imunidade for curta, de cerca de um ano, ou um pouco menos, quem já teve a doença pode, potencialmente, voltar a tê-la por essa altura.

É o que acontece, de resto, com os outros coronavírus humanos que causam constipações benignas e para os quais a imunidade dura apenas entre alguns meses e dois três anos – por isso nos constipamos todos os anos. Na prática, navega-se aqui em águas desconhecidas e vai ser preciso esperar para ver.

Não há reinfeções comprovadas

Desde que a doença emergiu no final do ano passado na cidade chinesa de Wuhan, não estão documentadas de forma inequívoca situações de reinfeção, e os raros casos referenciados de testes positivos em doentes que tinham sido considerados recuperados, após testes anteriores negativos, como aconteceu no Japão e na China, por exemplo, têm sido encarados com prudência pelos especialistas, que não descartam a possibilidade de ter havido erros nos testes.

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