A República Popular da China anunciou na sexta-feira que vai tomar medidas recíprocas contra organismos e cidadãos norte-americanos “que se comportarem mal em questões relacionadas a Xinjiang”. A decisão foi anunciada pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Zhao Lijian, durante uma conferência de imprensa.
Zhao explicou que a decisão foi tomada em resposta ao anúncio feito pelo secretário dos Estados Unidos da América, Mike Pompeo, de que os Estados Unidos impuseram sanções a vários altos quadros chineses em Xinjiang.
Zhao diz que a decisão dos EUA constitui uma séria interferência nos assuntos internos da República Popular da China e uma violação grave das normas básicas que regem as relações internacionais. O anúncio, sustenta o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros causa danos graves às relações entre os EUA e a China: “A China condena e opõe-se firmemente a esta decisão”, proclamou Zhao Lijian.
O porta-voz do Mininstério dos Negócios Estrangeiros defendeu que os assuntos de Xinjiang são assuntos internos da China e que os Estados Unidos não têm o direito e não estão em posição de intervir. O governo chinês está determinado a salvaguardar a soberania nacional, os interesses de segurança e desenvolvimento, a combater o terrorismo violento, o separatismo e o extremismo religioso e opõe-se à interferência estrangeira nos assuntos de Xinjiang, bem como de outras questões internas da República Popular da China.
“Pedimos aos Estados Unidos que voltem imediatamente atrás com esta decisão errada e parem de fazer comentários ou movimentos que interfiram nos assuntos internos da China e prejudiquem os interesses da China”, defendeu Zhao. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros adiantou que as autoridades chinesas tencionam reagir com firmeza se os Estados Unidos perseguirem obstinadamente tal agenda.