O Governador do Banco Central de Timor-Leste (BCTL), Abraão de Vasconcelos, afirmou no Parlamento Nacional, que a economia timorense registou uma quebra de 6% durante a pandemia de Covid-19, avança o portal e-Global.
A instituição bancária realizou um estudo recentemente sobre a inexistência de Orçamento Geral do Estado e o impacto do novo coronavírus e essa é a grande conclusão do documento. “O motivo pelo qual a economia registou uma quebra na ordem dos 6% deve-se ao facto de a actividade económica não voltar à normalidade”, explicou aos deputados Abraão Vanconcelos.
E o pedido de levantamento extraórdinário do Fundo Petrolífero no valor de 286,6 milhões de dólares também não ajudou nas contas. “Ao calcularmos a balança do défice das contas externas, registámos uma quebra de aproximadamente 18% nos setores da exportação e importação. Face a este cenário assiste-se igualmente a uma quebra do nosso cresimento económico não petrolífera em 6%”, acrescentou.
No entanto, o líder do BCTL reiterou que “apesar desta incerteza dificultar a nossa projeção, temos pelo menos uma ideia concreta sobre o seu impacto na conomia. Este número [6%] poderá agravar-se ou melhorar consoante o modelo de intervenção adotado pelo Governo”.
Em Maio, o Banco Mundial já tinha projetado que a economia de Timor-Leste recuava, pelo menos, 5% este ano, muito por culpa das incertezas políticas e económicas do país, bem como por causa do impacto da pandemia de Covid-19. Na altura, aquele organismo defendeu a necessidade de haver “um plano de resposta económica eficaz” para combater as dificuldades das famílias e empresas timorenses.
