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Mais de 25.000 crianças violadas em conflitos armados em 2019

A Organização das Nações Unidas (ONU) verificou mais de 25.000 violações graves contra crianças em conflitos armados, em 2019, de acordo com o relatório anual do secretário-geral sobre crianças e conflitos armados, divulgado nesta segunda-feira.

O número total de violações graves permanece semelhante ao de 2018 e representa cerca de 70 violações por dia. Mais da metade das violações em 2019 foram cometidas por autores não estatais, de acordo com o relatório.

Verificou-se que das 10.173, foram mortas (4.019) crianças e (6.154) mutiladas, sendo o Afeganistão o país mais mortal para crianças, seguido pela Síria e pelo Iêmen, segundo o relatório.

7.747 crianças, algumas com menos de seis anos, foram recrutadas e usadas. Entre esses, 90 por cento foram utilizados por autores não estatais.

O estupro e outras formas de violência sexual continuaram a ser amplamente subnotificados, com 735 casos confirmados em 2019. Os casos prevaleceram na República Democrática do Congo (RDC), Somália, República Centro-Africana, Sudão e Sudão do Sul.

A ONU confirmou, ainda, o sequestro de 1.683 crianças em 2019, com mais de 95 por cento dos casos perpetrados por autores não estatais, principalmente na Somália, RDC e Nigéria. As crianças foram sequestradas para recrutamento, uso e violência ou resgate sexual.

Foram verificados 4.400 incidentes de negação de acesso humanitário a crianças em 2019, o maior aumento no número de incidentes verificados por qualquer violação, em comparação com 2018.

A ONU termina o relatório salientando que houve 927 ataques a escolas e hospitais. Os números mais altos foram verificados na Síria, o território palestino ocupado, Afeganistão e Somália.

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