
O mundo mudou. Em rigor o mundo está sempre a mudar, mas agora sente-se a toda a hora. Em pouco mais de meio século de vida, diria que nunca assisti a tantas, nem tão grandes mudanças, como as que nos foram “impostas” estes últimos meses.
O nosso trabalho mudou, a forma como nos relacionamos com a família mudou…já não abraçamos com os braços, usamos os toques de cotovelo, ou até os pés. A máscara deixou de ser um exclusivo do Carnaval e muitas mãos ganharam uma segunda pele que – sendo de um material plastificado – dizem proteger, ainda que nos transforme em intocáveis.
E foi neste cenário que entrou a política, dividida entre a saúde da economia e a economia na saúde. É também graças a ela que começamos agora a sair à rua em Portugal, mas vivemos tragédias diárias no Brasil, pelo menos no “Brasil de Bolsonaro”, onde se continuam a acumular vítimas.
E é a política que deveria espalhar a coragem de termos esperança
A China por seu lado, reuniu em assembleia todos os escolhidos para representar o povo. Decreta – por estes dias – a grande marcha para a normalidade, confiante que está num triunfo próximo, aquele que a deixará coroada como a maior economia mundial.
É nestas diferenças e também nestas alturas que voltamos a perceber a importância do poder e das decisões políticas, bem como a importância de quem escolhemos para nos liderar.
E é a política que deveria espalhar a coragem de termos esperança. Não viveremos apenas disso, mas sem coragem dificilmente teremos futuro. E será recíproco: o futuro também não vai querer saber de nós.
Assumir a liderança de um projeto como o Plataforma Media – que a partir de hoje tem um novo sítio para vos receber – é uma escolha. Escolha que assenta na esperança de ganhar mundo.
*Diretor Executivo do Plataforma