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Por detrás da honra

O presidente Xi Jinping, que visitou Macau para participar nas celebrações do 20º aniversário do regresso da cidade à China, encontrou-se também pela primeira vez com as Forças de Segurança de Macau nesta que foi a sua sexta visita ao território. Os representantes das forças descreveram-na como uma honra, e embora muitos acreditem que este encontro se deveu aos recentes conflitos em Hong Kong, servindo de incentivo para as forças policiais que estão a lidar com a situação, ao mesmo tempo foi também um sinal para Macau. Não é preciso mostrar “gratidão” por tal evento, mas a verdade é que, tal como um representante das forças mencionou, esta é a primeira vez que as Forças de Segurança da cidade se encontram com um líder nacional em 100 anos. Embora durante a administração portuguesa tenham sido recebidos vários presidentes portugueses, e vários líderes chineses tenham visitado Macau após o seu regresso à China, nunca foi organizada nenhuma reunião exclusiva. Por isso, o entusiasmo destes profissionais não é excessivo, pois sabem que por detrás desta glória está o seu dever e a sua missão.
Os representantes das forças sabem também que o presidente Xi Jinping deixou algumas exigências, incluindo dois objetivos: reforçar a consciência nacional e garantir a implementação rigorosa da lei, salientando que as autoridades assumem a responsabilidade de salvaguardar a segurança nacional e de Macau. Xi Jinping deseja também que os agentes tenham sempre em mente a missão e lealdade à nação, protegendo Macau e servindo a população, além de oferecerem total apoio ao Chefe do Executivo e Governo, e à forma como implementam o modelo de Um País, Dois Sistemas.
Durante o discurso do presidente durante o encontro, uma frase foi destacada: “Consciência dos limites”. Desde o início dos conflitos em Hong Kong que o seu impacto continua a crescer, com vandalismo em locais públicos, transportes, espaços comerciais, bancos, entre outros. Os manifestantes, em vez de usarem o diálogo para discutir com quem tem uma opinião diferente, estão a destruir e a deitar fogo a tudo como um grupo do ISIS. Os manifestantes de camisas negras começaram a agrediar as autoridades como mostram os episódios em que tentam arrancar orelhas, cortar a garganta e alvejam com uma flecha a perna de agentes, agravando a violência e levando a uma onda de “terror negro” em Hong Kong. A economia da cidade passou também de estagnação para recessão, com dois por cento do declínio económico a dever-se aos conflitos. Mas parece que este terror irá continuar, e para pôr fim a tal a polícia de Hong Kong terá de definir limites e delinear um plano, garantindo que existe intervenção quando este limite é ultrapassado.
Embora Xi Jinping estivesse a falar para as autoridades de Macau, a intenção era que as de Hong Kong também estivessem a ouvir. O presidente afirma que é preciso adotar uma consciência dos “limites”, mas aqueles que enchem a cidade de terror ignoram esta linha, e para as forças policiais de Hong Kong esta é ainda ambígua. Por isso é também importante para Macau definir já um plano para lidar com uma situação similar.
O plano de Macau tem como limites: estar em risco a soberania nacional e ser desafiada a administração do Governo central na região. Embora Macau ocupe uma área pequena, tem uma grande população. Xi Jinping salienta: não importa que organização ou pessoa ataca o Estado de Direito, e que situação ou pressão estes estão a sofrer, devemos sempre resolver a situação de forma profissional, corajosa e efetiva. Macau tem uma longa legislação que salvaguarda e protege a segurança nacional, e a força policial da cidade garante que a lei é implementada devidamente, por isso merecem a honra de se encontrar com o presidente.
* Editor Senior

David Chan 03.01.2020

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