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Boa cooperação sino-portuguesa

Na sua mensagem de Ano Novo de 2017, o presidente da República Popular da China Xi Jinping salientou que o ano 2016 foi um ano extraordinário e inesquecível para o povo chinês. Julgo pessoalmente que as duas palavras “extraordinário” e “inesquecível” também são adequadas para descrever a economia chinesa.

Quanto ao extraordinário, no ano de 2016, acelerámos o processo de construção integral de uma sociedade modestamente confortável e conseguimos importantes avanços na reforma estrutural do lado da oferta. Sob a liderança sólida do Comité Central do PCC que tem o camarada Xi Jinping como núcleo, adaptámo-nos e liderámos ativamente a nova normalidade do desenvolvimento económico, insistindo no aprofundamento abrangente da reforma e no desenvolvimento movido à inovação, acelerando a transformação do modo de desenvolvimento económico e a reestruturação económica. A evolução da economia chinesa tem-se mantido numa banda razoável e tem registado um bom início do 13.º Plano Quinquenal, com os seguintes destaques do desenvolvimento económico:

O 1.º destaque é de crescimento económico. Em 2016, a economia chinesa correu estavelmente com um crescimento anual estimado de cerca de 6,7%, correspondente à nossa meta estabelecida no início do ano.

O 2.º destaque é de upgrade da estrutura económica. Em 2016, a estrutura da economia chinesa continuou a ser aperfeiçoada. Nos três primeiros trimestres, o valor acrescentado do setor dos serviços no PIB cresceu para 52,8% e a sua contribuição para o crescimento económico subiu para 58,5%, sendo um novo recorde desde a fundação da República Popular da China.

O 3.º destaque é de consumo. O consumo já se torna a maior dinâmica do crescimento económico. Nos três primeiros trimestres de 2016, as despesas de consumo final no PIB elevaram-se para cerca de 55% e a sua contribuição para o crescimento económico elevou-se para 71%. A dimensão do mercado de bens de consumo da China torna-se a segunda maior do mundo e as despesas de consumo final representam mais de 8% no consumo total mundial.

O 4.º destaque é de nova economia. Em 2016, a nova economia e as novas formas de negócios desenvolveram-se rapidamente. A China já se torna o maior país do mundo por número de utilizadores digitais, quer de internet quer de smartphones, criando assim enorme bónus digital incluindo bónus de crescimento, de emprego e de serviços.

O 5.º destaque é de inovação. A China conta com mais autorizações de patentes de invenção no mundo. O crescimento explosivo de propriedades intelectuais fornece um firme apoio ao desenvolvimento inovador da economia chinesa, impulsionando vigorosamente a inovação da economia mundial e a revolução de novas tecnologias.

O 6.º destaque é de emprego. Nos três primeiros trimestres de 2016, o aumento da população empregada nas zonas urbanas da China foi de 10,67 milhões e é possível ultrapassar mais uma vez 13 milhões para o ano inteiro, fazendo a China ser a economia com o maior aumento do emprego.

O 7.º destaque é de aumento de rendimento e redução da pobreza. Em 2016, o rendimento disponível per capita dos residentes urbanos e rurais chineses continuou a crescer com ritmos respetivos de 5,7% e 6,5% nos três primeiros trimestres. Para o ano 2016, é bem provável que a redução da população chinesa em pobreza ultrapasse dez milhões, equivalente a um quinto da meta mundial de 50 milhões por ano lançada pela comunidade internacional.

O 8.º destaque é de ecologia e de proteção ambiental. Em 2016, a China conseguiu progressos significativos na poupança de energia e redução de emissões.

Quanto ao inesquecível, queria apresentar dois aspetos.

O primeiro reside nas circunstâncias exteriores da economia chinesa, nomeadamente a recuperação lenta da economia global, o crescimento fraco das principais economias, a incerteza acrescida, a fraqueza contínua do comércio mundial, etc.

O segundo reside no contexto interior. Ainda existem alguns problemas na economia doméstica da China, tais como a contradição entre o excesso da capacidade produtiva e o upgrade estrutural da procura, a insuficiência de dinâmicas endógenas, a acumulação dos riscos financeiros.

Mesmo com tantas complexidades e dificuldades acima mencionadas, a economia chinesa obteve resultados extraordinários. Isso é que não podemos esquecer.

Oportunidades:

A manter o seu ritmo próprio de desenvolvimento estável e acelerado, a economia chinesa também oferece enormes oportunidades ao desenvolvimento económico de todos os países. Desde o ano 2009, a China tem sido o maior motor do crescimento económico do mundo, com uma contribuição acima de 25%. De janeiro a novembro de 2016, o investimento acumulado chinês ao exterior atingiu USD$ 155 314 milhões, com um notável aumento de 55,3% em relação ao período homólogo. Com a aplicação da Iniciativa de Uma Faixa e Uma Rota e o funcionamento do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, a escala e as áreas de investimento chinês estarão cada vez mais ampliadas. Prevê-se que, nos próximos cinco anos, o volume total das importações chinesas alcançará USD$ 8 trilhões, o valor total do investimento chinês ao exterior atingirá USD$ 720 000 milhões e o número de deslocação dos chineses aos países exteriores ultrapassará 700 milhões. É evidente que tudo isso oferecerá a todos os países mais oportunidade de emprego e financiamento.

Sabedoria, proposta e prescrição chinesas

Com a sabedoria chinesa, a China contribui com a “proposta chinesa” e a “prescrição chinesa” à economia mundial. O ano de 2016 é o ano em que a China participa integralmente na governança económica global, oferecendo a proposta chinesa à construção da economia global, caracterizada por inovação, revigor, interconectividade e inclusão. A China anfitriou a Cimeira do G20, e dedica-se à promoção de liberalização do comércio internacional, de liberalização de investimento e de facilitação de serviços, dando uma orientação clara ao desenvolvimento económico mundial.

Perspetiva da cooperação sino-portuguesa

O presidente Xi disse na sua mensagem de Ano Novo que os chineses sustentam sempre “o mundo em harmonia”e que “todos pertencem a uma família”. O povo chinês deseja não apenas o bem-estar de si próprio, mas também de povos de todos os países. Portugal é um bom amigo e um bom parceiro da China na União Europeia. Nos últimos anos, a cooperação pragmática sino-portuguesa nas diversas áreas tem alcançado progressos substanciais, nomeadamente o investimento chinês em Portugal já ultrapassou oito mil milhões de euros, com uma tendência sustentável. Os líderes portugueses manifestaram várias vezes que Portugal tem toda a vontade de participar ativamente na Iniciativa de Uma Faixa e Uma Rota e estenderam as boas-vindas a mais empresas chinesas a investirem em Portugal. Temos a convicção de que no ano de 2017 a economia chinesa manterá o seu ritmo razoável e a economia portuguesa consolidará a sua trajetória de crescimento. A Parceria Estratégica Global entre os dois países irá aprofundar-se ainda mais, trazendo certamente mais benefícios aos nossos dois povos. 

Nie Quan

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Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

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