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Cinco novos espaços

No próximo ano, entram em funcionamento cinco novas creches subsidiadas pelo Governo que garantem 1.469 lugares, dos quais cerca de 20 por cento devem destinar-se a crianças com menos de dois anos. 

São cinco novos espaços para servir os interesses das crianças com idades até aos três anos. Alguns situam-se em edifícios residenciais com uma área limitada, enquanto outros têm mais espaço. São eles: Helen Liang da diocese de Macau, a Abelhinha a cargo da Associação Geral das Mulheres, Kao Yip, além das creches (ainda sem nome) sob tutela da Universidade de Macau e da Universidade de São José.

Segundo o presidente do Instituto de Acção Social, deverão quase todos adotar a língua veicular chinesa, por ser falada pela maioria da população. “Em Macau, já temos algumas creches em língua portuguesa – ou noutra língua que não o chinês. E esperamos por exemplo que a creche da Universidade de São José possa fornecer serviços noutra língua [inglês]”, diz o presidente do Instituto de Acção Social (IAS), Iong Kong Io.

A maior de todas vai ser a creche Helen Liang, contando com uma área de 2.700 metros quadrados. Situada na rua do Parque, em Macau, inclui 510 vagas – 270 para dia inteiro e 240 para meio dia -, das quais 60 destinam-se a crianças com idades inferiores a dois anos. Neste momento, está em fase de abertura do concurso da obra de remodelação, tendo já sido contratados alguns (dos 52) trabalhadores. “Já sabemos que [das cinco] esta terá mais espaço ao ar livre tal como a da Universidade de Macau”, diz o presidente. Recorde-se que esta creche resulta de reconversão do Orfanato Helen Liang, cujo edifício tinha sido concebido pelo arquiteto Manuel Vicente, entre 1963 e 1964. Com três pisos – rés-do-chão, primeiro andar e terraço -, situa-se na zona da Praia Grande.

Por outro lado, a creche da Universidade de Macau ocupa uma área de 1200 metros quadrados, garantindo 260 vagas para serviço de cuidados de dia inteiro. Ainda por confirmar, está o número de vagas destinadas a crianças com menos de dois anos. Localizada na Ilha da Montanha, no atual campus da instituição de ensino superior, nesta fase, a Universidade de Macau aguarda a aprovação do projeto de alterações.

A creche Helen Liang e a gerida pela Universidade de Macau deverão iniciar funcionamento apenas em Setembro de 2016.

Por seu turno, a creche subordinada à Universidade de São José terá lugar no atual campus do edifício, situado na Rua de Londres, NAPE, contando com uma área de 1500 metros quadrados. Em princípio, há espaço para 230 crianças em regime de dia completo, e está ainda por confirmar a percentagem de vagas destinadas à população infantil com menos de dois anos. Neste momento, os trabalhos do período inicial de ajustamento da finalidade do equipamento estão a ser acompanhados, esperando-se que o estabelecimento esteja pronto a operar apenas no fim do próximo ano.

A data de arranque depende também da mudança da Universidade de São José das instalações do NAPE para o novo campus, na Ilha Verde. Recentemente, desentendimentos entre as empresas de construção responsáveis pela execução da obra vieram a público, fazendo temer novos atrasos. Porém, o reitor Peter Stillwell afirmou que o novo campus deverá manter a data de abertura prevista para Maio do próximo ano. Confirmandose esta data, também a creche deverá estar pronta no fim de 2016.

Com uma área de 1200 metros quadrados, a creche Kao Yip, situada na doca do Lam Mau, na zona do Patane, pode albergar 270 crianças, das quais 120 vão estar em regime de meio dia. À partida, 60 vagas destinamse a crianças com menos de dois anos. Neste momento, a obra de remodelação está a ser executada, esperando-se que no primeiro trimestre de 2016 possa já iniciar funções. Quando arrancar, vai ser a segunda creche Kao Yip, existindo também já três escolas com o mesmo nome, destinadas aos alunos de jardim de infância, ensino básico e secundário.

Das cinco, a creche Abelhinha da Associação Geral das Mulheres de Macau vai ser a menor. Situada no Fai Chi Kei, tem uma área de apenas 700 metros quadrados, assegurando 199 vagas – 120 das quais são para cuidados de meio dia. Segundo as informações do IAS, 49 vagas destinam-se a crianças com menos de dois anos, em regime de dia inteiro. “Localizada em blocos residenciais, já sabemos que terá um espaço ao ar livre menor [do que, por exemplo, a Universidade de Macau]”, diz o presidente.

Com a execução das obras de remodelação em preparação, é expetável que no fim do próximo ano já esteja a operar. Em 2016, a Associação Geral das Mulheres fica com um total de oito creches a seu cargo.

Os serviços

Conforme indicado pelo IAS, os serviços de dia inteiro decorrem de segundafeira a sábado, na parte da manhã e de tarde, garantindo um funcionamento, em média, de dez horas. As funções incluem cuidar das crianças, desenvolver exames básicos da constituição física e saúde, providenciar refeições (almoço e lanche), proceder a treinos para a vida e actividades de formação, além de assegurar as sestas.

No que toca aos cuidados de meio dia, estendem-se de segunda-feira a sábado, na parte da manhã ou da tarde, estando em funcionamento durante três a quatro horas. Os serviços correspondem aos do dia completo, deixando de fora apenas o auxílio nas sestas.

Numa nota enviada ao PLATAFORMA, lê-se que dos planos do Governo faz parte garantir um aumento dos atuais 8452 lugares para mais de 10.000 vagas nas creches do território, no próximo ano. “O IAS procurará que, em 2016, o número de vagas para as crianças de dois anos aumente de 6.600 para 7.000 – 2.400 vagas destinam-se aos serviços de creches do meio-dia – nas creches subsidiadas, o que permitirá assim satisfazer 90 por cento das necessidades de admissão nas creches destas crianças.”

Além disso, o IAS pretende “aumentar em 2017 o número das vagas para as crianças de dois anos, de 7.000 para 7.315 – 2.800 vagas serão para os serviços de creches do meio dia – nas creches subsidiadas, com vista a satisfazer todas as necessidades de admissão nas creches destas crianças.” Só então o IAS se concentrará nas necessidades das crianças com idades interiores.

Luciana Leitão

20 de novembro 2015

 

 

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