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“LAG de futuro”

Com vasto currículo na área da educação, Loi I Weng foi eleita para a Assembleia Legislativa pela Aliança de Bom Lar, tornando-se a deputada mais jovem da atual legislatura. Com “plena consciência da grande responsabilidade” que o cargo acarreta, a deputada diz que as Linhas de Acção Governativa para 2026 representam “um plano de ação com visão de futuro, sistemático e pragmático”, apesar de não responderem na totalidade às suas preocupações

Carol Law

Apesar das Linhas de Acção Governativa (LAG), que terminaram no início desta semana, não terem respondido integralmente às necessidades da sociedade, nomeadamente o aumento do subsídio de nascimento, alargamento das licenças de maternidade e paternidade e o aumento das oportunidades de emprego para jovens, a deputada Loi I Weng afirma que o relatório está, em muitos aspetos, alinhado com a sua filosofia, descrevendo-o como um plano de ação com visão de futuro, sistemático e pragmático”.

O que mais a impressionou foram os reforços estruturais no apoio às famílias e às crianças, no sistema de apoio ao desenvolvimento juvenil e na expansão dos programas de refeições para idosos e dos serviços de saúde mental comunitários. Acredito que as Linhas de Acção Governativa clarificam e abordam de forma sistemática múltiplas questões que preocupam a sociedade de Macau, explica ao PLATAFORMA.

Acredito que as Linhas de Acção Governativa clarificam e abordam de forma sistemática múltiplas questões que preocupam a sociedade de Macau

Em relação às questões da juventude, o relatório coloca grande ênfase no desenvolvimento jovem ao propor medidas focadas nas cinco áreas– progressão académica, emprego, desenvolvimento profissional, aquisição de habitação e empreendedorismo. Isto demonstra que o Governo não se preocupa apenas com o emprego jovem, mas também valoriza o planeamento da carreira, o crescimento profissional e os desafios associados à compra de casa. Tais medidas podem ajudar a resolver, de forma estrutural, os obstáculos que impedem os jovens de progredirem e alcançarem mobilidade social ascendente”, conclui.

Comunicação regular

Como educadora experiente e, nos últimos anos, membro do Conselho para os Assuntos das Mulheres e Crianças, diz que os anos de envolvimento socialaprofundaram a sua compreensão da realidade e dos desafios da sociedade, das necessidades de desenvolvimento das mulheres e dos jovens e das dificuldades enfrentadas pelos grupos vulneráveis no quotidiano. Por isso, tem procurado utilizar a sua experiência educativa e competências profissionais para participar nos assuntos sociais, esperando contribuir para o bem-estar da população numa perspectiva mais ampla.

Espero que a Assembleia e o Governo possam estabelecer canais de comunicação mais institucionalizados e regulares

Sobre a relação ideal entre os poderes executivo e legislativo, considera que a comunicação e cooperação estreita entre a Assembleia e o Governo são cruciais para melhorar a eficiência legislativa. Espero que a Assembleia e o Governo possam estabelecer canais de comunicação mais institucionalizados e regulares, como mecanismos de comunicação antecipada para diplomas legislativos importantes. Durante as fases de consulta e elaboração, deve ser recolhida amplamente a opinião pública, o que ajudará a reduzir divergências nas deliberações subsequentes e a acelerar o processo legislativo, afirma a deputada, que nesta legislatura integra a 3.ª Comissão Permanente e a Comissão de Acompanhamento para os Assuntos da Administração Pública.

Compromete-se ainda a tirar pleno partido dos mecanismos de consulta e interpelação já existentes na Assembleia – seja através de perguntas escritas ou orais, ou da participação nos trabalhos das comissões – e, com base em investigação e preparação rigorosas, apresentarei propostas concretas e construtivas para instar o governo a resolver eficazmente as questões do quotidiano.

Assente numa abordagem centrada nas pessoas e na melhoria da eficiência governativa, Loi I Weng salienta que os serviços de cuidados comunitários para idosos foram reforçados nestas LAG e que tanto o âmbito como o montante dos subsídios para cuidadores aumentaram, refletindo uma preocupação concreta e um investimento real nos grupos mais vulneráveis. Isto está totalmente alinhado com a minha própria filosofia de apoio direcionado e canalização de recursos para a base’”, diz.

A chave para o sucesso [das Linhas de Acção Governativa] reside na implementação concreta e na eficácia das suas medidas. Continuarei a utilizar a plataforma da Assembleia Legislativa para acompanhar o avanço e aperfeiçoamento das políticas relevantes, afirma.

Foco nos assuntos sociais

Esta não foi a primeira vez que Loi I Weng concorreu às eleições para a Assembleia Legislativa. Em 2017 e 2021, participou como candidata da Aliança de Bom Lar, mas foi este ano que viu o seu esforço recompensado. E não esqueceu um momento importante que destaca: A recente Reunião de Líderes Globais sobre as Mulheres foi um grande sucesso, sublinhando a necessidade de ampliar as plataformas para a participação das mulheres nos assuntos políticos e apoiar o seu envolvimento na governação nacional e social. Enquanto deputada, valorizo muito esta oportunidade e tenho plena consciência da sua grande responsabilidade.

O meu trabalho diário é bastante exigente, por isso, no meu tempo livre, procuro dedicar- me mais às minhas filhas e à família

Atualmente com 39 anos e 16 anos de experiência no ensino, exerce funções como subdiretora da Escola da Associação Geral das Mulheres. Depois de se formar em Ciências da Educação (Inglês) na Universidade de Macau, Loi I Weng regressou à sua antiga escola, a Escola Hou Kong, para lecionar, transitando mais tarde para a Escola da Associação Geral das Mulheres.

Ao longo dos anos, tem estado ativa nos assuntos sociais locais. Desde os tempos de estudante integrou a Associação Geral de Estudantes Chong Wa de Macau, onde foi membro da direção. Tornou-se depois presidente da Associação de Juventude da Associação Geral das Mulheres de Macau, bem como vice-presidente da direção da Associação Geral das Mulheres de Macau, vice-presidente da Associação de Educação de Macau, membro do Conselho Consultivo de Trânsito e membro do Conselho de Educação para o Ensino Não Superior.

É membro do 13.º Comité da Região Autónoma de Guangxi Zhuang da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, membro da 14.ª Comissão Executiva da Associação Geral das Mulheres de Guangdong e antiga membro da Comissão Executiva da Associação Geral das Mulheres de Foshan.

É também mãe de duas filhas: O meu trabalho diário é bastante exigente, por isso, no meu tempo livre, procuro dedicar-me mais às minhas filhas e à família”, conclui.

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