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Incentivos ao emprego promovem aposta em Hengqin

Leong Sun Iok, Federação das Associações dos Operários de Macau

A Direcção dos Serviços de Assuntos de Subsistência da Zona de Cooperação Aprofundadau divulgou recentemente o pacote de “Medidas Provisórias de Apoio ao Emprego dos Jovens de Macau”. A partir do próximo mês, os jovens da RAEM, empregados em Hengqin, receberão um subsídio mensal de 4.000 yuan; sinal positivo para a procura de emprego. Acredito que esta política contribuirá para promover o trabalho dos residentes de Macau na Zona de Cooperação. Espero que os jovens residentes aproveitem estas oportunidades e trabalhem arduamente para melhorar conhecimentos e competências pessoais, integrando-se ativamente no desenvolvimento do país.

O Plano Geral de Desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada Hengqin Guangdong-Macau propõe três fases de desenvolvimento. Com a conclusão da primeira, em 2024, espera-se o cumprimento dos objetivos da segunda fase, até 2029, incluindo cerca de 40 mil residentes de Macau empregados na Zona de Cooperação; e cerca de 60 residentes de Macau a lá viverem.

Nos últimos anos, o Governo da RAEM lançou uma série de programas de estágio para proporcionar canais de entrada e contacto com empresas da Zona de Cooperação. No entanto, inquéritos realizados em Hengqin revelam que a correspondência entre candidatos de Macau e a oferta é relativamente baixa. Entretanto, o Governo anunciou que, em conjunto com organizações de Hengqin, irá rever esse mecanismo. Espera-se que as autoridades consigam melhorar os resultados.

A diversificação económica é uma obrigação de Macau; e a construção de Hengqin visa precisamente criar condições para tal. Com o apoio do Governo Central, e promoção ativa de Guangdong e Macau, muitas grandes empresas estão agora estabelecidas em Hengqin, pelo que muitos residentes de Macau já ir procuram oportunidades de emprego e espaços para desenvolver. No entanto, devido à disparidade salarial entre Macau e o Continente, muitos ainda hesitam. As perspetivas de emprego e desenvolvimento pessoal estão intimamente relacionadas com o ambiente socioeconómico, a estrutura económica e as políticas em vigor. Os subsídios agora introduzidos podem reduzir a disparidade salarial entre as duas regiões e promover a aposta dos residentes de Macau em Hengqin.

As competências profissionais são também fator-chave na empregabilidade, especialmente nas indústrias “1+4”, que exigem determinados requisitos e competências. Espero que o Governo introduza mais políticas de apoio, incluindo mecanismos de formação de talentos para a cooperação entre a indústria e o meio académico; bem como uma plataforma de formação profissional, certificação e correspondência, em linha com o desenvolvimento industrial. Dessa forma pode promover uma ligação eficaz entre os residentes e o mercado de trabalho na Zona de Cooperação, de modo a alcançar uma diversificação económica adequada no modelo “1+4”. Entretanto, os residentes de Macau devem estudar e melhorar as suas competências.

Finalmente, o desenvolvimento empresarial e profissional não pode prescindir de apoios do Governo, com diversas medidas. A abertura da Linha Hengqin do Metro Ligeiro, e a contínua otimização da passagem na fronteira, torna mais conveniente as deslocações. Espera-se que as ligações de transporte entre os dois locais sejam reforçadas, melhorando a comodidade das viagens. Devem também ser feitos mais esforços na área da proteção laboral, melhorando efetivamente os direitos e interesses laborais dos residentes de Macau na Zona de Cooperação Aprofundada, e criando um ambiente de trabalho mais estável e ideal.

Federação das Associações dos Operários de Macau

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