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UE classifica como “ignóbeis” declarações de ministro israelita sobre matar palestinianos à fome

A União Europeia (UE) condenou as declarações do ministro das Finanças israelita sobre deixar a população palestiniana morrer de fome, considerando-as “ignóbeis”, e exigiu esclarecimentos sobre alegações de tortura e abusos sexuais numa prisão.

“A UE condena veementemente as recentes declarações do ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, durante a Conferência Anual de Katif”, dá conta um comunicado do alto representante para os Negócios Estrangeiros cessante, Josep Borrell, divulgado na noite de quarta-feira.

O ministro israelita disse que “poderia ser justificado e moral” Israel “provocar a morte pela fome de dois milhões de civis” até ao regresso dos reféns.

“Deixar civis à fome deliberadamente é um crime de guerra […], isto é além de ignóbil”, criticou Josep Borrell.

“Demonstra, mais uma vez, o desprezo [de Israel] pela lei internacional e os princípios básicos da humanidade”, sustentou.

O chefe da diplomacia europeia disse esperar que o Governo israelita de Benjamin Netanyahu se “distancie inequivocamente” das declarações do ministro das Finanças daquele executivo.

Em simultâneo, a União Europeia exigiu “transparência total” sobre as alegações de tortura na prisão Sde Teiman.

Vários vídeos captados naquela prisão estão a circular pelas redes sociais, nomeadamente o X (antigo Twitter) e o Instagram, onde é possível ver militares israelitas a cometer abusos sexuais contra palestinianos detidos, também denunciados por organizações de defesa dos direitos humanos.

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