Início » China prepara aumento de 7,2% na Defesa

China prepara aumento de 7,2% na Defesa

O aumento proposto para 2024 é o maior dos últimos cinco anos. O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, diz que o país vai “reforçar de forma abrangente a formação militar e a prontidão de combate” de forma a “salvaguardar a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento”

Nelson Moura

O orçamento militar da China em 2024 vai crescer 7,2 por cento, em conformidade com o que foi feito no ano passado. Esse crescimento faz com que este seja o maior orçamento dos últimos cinco anos, passando para cerca de 230 mil milhões de dólares americanos.

“Vamos fornecer garantias financeiras mais fortes para os esforços de modernização da nossa defesa nacional e das forças armadas em todas as frentes”, disse o primeiro-ministro, Li Qiang, na sessão de abertura da Assembleia Nacional Popular.

O orçamento militar oficial da China é o segundo maior do mundo, apenas atrás dos Estados Unidos, embora algumas estimativas não oficiais sugiram que o volume dos gastos militares de Pequim possa ser maior do que o oficialmente declarado. O Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo estima que o valor global em 2022 foi de 292 mil milhões de dólares americanos, enquanto que o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos sobe a parada para 319 mil milhões. Segundo dados do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, um think tank norte-americano, em termos constantes, tendo em conta a inflação, os gastos com defesa da China cresceram quase cinco vezes nas últimas duas décadas, saltando de 62 mil milhões de dólares, em 2002, para 298 mil milhões de dólares, em 2022.

O orçamento oficial de defesa em 2022 foi aproximadamente 224 mil milhões, o que significa que a China gastou mais do que as outras 17 economias do Indo-Pacífico juntas.

Segurança no Mar do Sul da China

Este aumento surge após um crescer de tensões e até confrontos entre Pequim e os seus vizinhos no Mar do Sul da China. Na terça-feira, as Filipinas acusaram a guarda costeira chinesa de “manobras perigosas” que levaram a uma colisão entre um navio chinês e um dos seus navios a caminho do Atol Second Thomas.
Esta não é a primeira vez que navios chineses entraram em confronto com navios filipinos em missões de abastecimento para tropas estacionadas num navio de guerra antigo que Manila encalhou há mais de uma década.

No relatório de trabalho governamental, também divulgado na terça-feira, Pequim prometeu “opor-se resolutamente a atividades separatistas destinadas à ‘independência de Taiwan’ e a interferências externas”.

Taiwan

Sobre Taiwan, Pequim considerou que o Partido Democrático Progressista (DPP, na sua sigla em inglês), que está no poder há oito anos e vai continuar a estar após ter vencido as recentes eleições, está a deitar achas para “a fogueira acesa pelos separatistas”, ao aumentar também o orçamento de Defesa da ilha e ao assinar acordos para receber armas dos Estados Unidos.

O primeiro-ministro chinês afirmou que a China “vai opor-se resolutamente” a qualquer “atividade secessionista que vise a ‘independência de Taiwan’”, bem como à “interferência de forças externas” na ilha.

Contate-nos

Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

Plataforma Studio

Newsletter

Subscreva a Newsletter Plataforma para se manter a par de tudo!