Depois de três anos condicionado pelas restrições pandémicas, o setor do turismo de Macau voltou a funcionar sem entraves. O primeiro ano pós-pandemia foi francamente positivo, com uma recuperação de 88,7 por cento do volume turístico registado até final de novembro de 2019. Significa que bastava à RAEM atrair mais 326.5 mil visitantes para recuperar na totalidade.
Foram 1.770.861 os visitantes que chegaram da China Continental, correspondendo a uma recuperação de 87 por cento. Hong Kong esteve muito perto da recuperação total, chegando aos 97 por cento, com Taiwan a ter uma recuperação um pouco mais lenta, dado que ainda só está a 66 por cento. A Grande China representou cerca de 82 por cento do volume total de visitantes, algo que se mantém praticamente inalterado ao olhar para o período homólogo de 2019.
Significa que a percentagem de turistas estrangeiros também foi igual a 2019, contribuindo em cerca de 8 por cento para as entradas na RAEM. Entre os mercados estrangeiros, só três cresceram face a 2019, sendo estes as Filipinas (117 por cento), Indonésia (125 por cento) e Índia (142 por cento). Aquele que era o maior mercado turístico para Macau fora da Grande China, a Coreia do Sul, está nos 70 por cento.
Fronteiras mais utilizadas
A grande maioria dos visitantes chegam por via terrestre (80 por cento), dada a proximidade com o interior da China e Hong Kong, os dois maiores mercados para Macau. Só estes dois contabilizaram 94 por cento das entradas pelos postos fronteiriços terrestres – algo que, mais uma vez, mantem-se inalterado face a 2019.
As entradas por vias marítimas chegaram a 74 por cento dos números atingidos no período homólogo de 2019. Só 7 por cento dos visitantes optou por estas vias em 2023.
O Aeroporto Internacional de Macau é o que tem tido mais dificuldades em recuperar o volume anterior de passageiros, com uma recuperação de apenas 68 por cento. Só 8 por cento dos visitantes chegou à RAEM através do aeroporto.