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Quantidades de plástico recolhido aumentou em 2022

O plástico reciclável recolhido em Macau aumentou face a 2019. Autoridades responsáveis não indicam a percentagem que é efetivamente reciclada

Nelson Moura

De acordo com dados da DSPA em 2019 – quando a taxa de uso de sacos de plástico foi introduzida – produtos de plástico representavam 23,5 por cento das 550.249 toneladas de resíduos sólidos urbanos recolhidas nesse ano. Ou seja, o segundo mais recolhido, atrás da matéria orgânica e à frente do papel e cartão. Nesse mesmo ano, um total de 304.467 quilos de plástico reciclável foi recolhido, um aumento de 21,7 por cento comparado com o ano anterior. No entanto, a DSPA não revela a quantidade efetiva de materiais de plástico que acabam reciclados.

Esta análise inclui apenas plásticos recolhidos em postos de recolha da DSPA, como os do Programa de Pontos “Verdes”, dos Centros Ambientais Alegria ou de postos de reciclagem limpa instalados na rua no âmbito do Programa de Pontos “Verdes”. Entre 2019 e 2022 é possível verificar uma evolução em ‘U’ da quantidade recolhida de resíduos sólidos urbanos descartados em Macau, com a DSPA a atribuir à pandemia a responsabilidade por não ter recolhido tantos resíduos nos últimos três anos.

Ao mesmo tempo, a quantidade de resíduos sólidos urbanos per capita também caiu, no entanto, continuou a ser mais elevada do que a das cidades vizinhas. Em 2022, Macau registou cerca de 1.77 em quilos de resíduos sólidos urbanos descartados per capita por dia, um valor superior a metrópoles como Singapura, Hong Kong e Xangai. No mesmo período é possível verificar a mesma evolução da percentagem que o plástico representava no total de resíduos, e da quantidade de resíduos de plástico reciclável.

No ano passado, materiais de plástico representavam 21,8 por cento do total de resíduos sólidos urbanos recolhidos, menos 1,7 por cento face a 2019. Um total de 337.247 quilos de plástico reciclável foram recolhidos pela DSPA no ano passado, mais 10,7 por cento quando comparado a 2019. Porém, recolheram-se menos 20 por cento de resíduos sólidos urbanos descartados).

No seu último relatório, a DSPA propõe que sejam expandidos e aperfeiçoados os trabalhos de recolha seletiva de resíduos recicláveis, continuando a expandir a rede comunitária de recolha de resíduos recicláveis e tomando medidas de limitação de plástico.

Combate ao plástico

Têm sido várias as medidas lançadas pelas autoridades de Macau nos últimos anos para limitar o uso e importação de materiais não biodegradáveis de uso único. Em 2019, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) anunciou pela primeira vez que passaria a ser cobrado o valor fixado de uma pataca por cada saco de plástico fornecido nas vendas a retalho.

No plano de proteção ambiental para 2021-2025 divulgado pouco tempo depois, as autoridades de Macau indicaram ter como objetivo “promover e reforçar” a prática de redução do uso de plástico, juntamente com “medidas reguladoras para os utensílios de mesa de plástico, descartáveis e não-biodegradáveis”. Em 2021, o Governo de Macau decidiu proibir a importação e o trânsito de utensílios de mesa descartáveis de esferovite, incluindo caixas para comida, tigelas, copos e pratos. Essa proibição foi expandida em 2022 para incluir palhinhas e agitadores de plástico não degradável de bebidas descartáveis.

Esta semana foi revelado que a proibição seria estendida a partir de dia 1 de janeiro de 2024 para pratos e copos de plástico descartáveis, juntamente com a importação de bandejas de esferovite para produtos alimentares, habitualmente utilizadas por supermercados.

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