Economia de Macau deve crescer entre 20,5 e 44,1% em 2023 - Plataforma Media

Economia de Macau deve crescer entre 20,5 e 44,1% em 2023

A Universidade de Macau (UM) estima que a economia do território cresça entre 20,5% e 44,1% este ano, com uma subida mais acentuada no segundo semestre, anunciou hoje a instituição.

“A economia crescerá entre 20,5% e 44,1%; as exportações de serviços crescerão entre 35,2% e 82,8%; e as receitas finais do Governo da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau] vão manter-se entre 55,4 mil milhões de patacas e 66,1 mil milhões de patacas (6,3 mil milhões de euros e 7,5 mil milhões de euros), de acordo com o Centro de Estudos e o Departamento de Economia da UM.

Nos três cenários traçados de crescimento, o produto interno bruto (PIB) deverá situar-se entre 47,7% e 67% do registado em 2019, ou seja, antes da pandemia de covid-19.

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Os académicos preveem um aumento de visitantes este ano, mas alertam para a existência de “diferenças na adaptabilidade da sociedade de Macau e na disponibilidade dos estrangeiros” para se deslocarem à cidade, razão pela qual traçam outros três cenários.

Num, mais cauteloso, Macau regista em 2023 menos de 11 milhões de visitantes, distante dos quase 40 milhões em 2019. Noutro, chegam ao território quase 18 milhões. Já o terceiro cenário, mais otimista, aponta para a possibilidade da região administrativa especial chinesa acolher mais de 21 milhões de visitantes.

Macau, que à semelhança da China seguia a política ‘zero covid’, anunciou em dezembro o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos de rigorosas restrições.

Com o alívio das medidas, a cidade registou 451 mil visitantes durante a semana do Ano Novo Lunar, quase o triplo de 2022.

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A média da taxa de ocupação hoteleira foi de 85,7%, com um pico no terceiro dia do Ano Novo Lunar (24 de janeiro), de 92,1%.

Quanto à taxa de desemprego, o estudo da UM estima que se fixe entre os 3,7% e os 4%.

“É provável que o mercado de trabalho seja afetado pelos efeitos de atraso da pandemia a curto prazo e estes dificultarão o crescimento das indústrias relacionadas com o turismo”, sublinha a universidade.

As receitas do jogo em Macau atingiram 11,58 mil milhões de patacas (1,31 mil milhões de euros) em janeiro, o valor mais elevado desde o início da pandemia de covid-19.

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As concessionárias em Macau têm acumulado desde 2020 prejuízos sem precedentes e o Governo tem sido obrigado a recorrer à reserva extraordinária para responder à crise, já que cerca de 80% das receitas governamentais provêm dos impostos sobre o jogo.

A indústria do jogo, o motor da economia da cidade, representa 55,5% do produto interno bruto (PIB) de Macau e dá trabalho a mais de 80 mil pessoas, ou seja, cerca de 17% da população empregada.

*Com Lusa

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