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Falta de casas nas grandes cidades segura os preços em 2023

Diário de Notícias

Pressão no valor da habitação irá manter-se, apesar do abrandamento da procura registado na segunda metade de 2022, antecipam as principais imobiliárias.

escassez de oferta de casas nas principais cidades do país vai continuar a segurar os preços da habitação em 2023, que estão proibitivos para muitos portugueses. Os agentes imobiliários estão convictos que os valores dos imóveis residenciais poderão estabilizar dada a conjuntura de subida de taxas de juro e do custo de vida, mas não anteveem recuos significativos. “Os centros das cidades, como são exemplo Lisboa ou Porto, muito dificilmente verão o valor dos seus imóveis alterados, e nas principais cidades secundárias poderão manter-se”, projeta Rui Torgal, CEO da Era Portugal.

Só “em algumas zonas do interior é natural que se assista a uma descida”, diz. Patrícia Santos, líder da Zome, admite que a pressão nos preços se manterá nos territórios de maior procura, essencialmente nas cidades. E, no caso de Lisboa e Porto, “essa pressão já se começa a sentir nas zonas mais periféricas”.

Beatriz Rubio, CEO da Re/Max, lembra que o aumento dos preços é “resultado do desfasamento entre a oferta e a procura” e, neste novo ano, é de admitir “uma redução da procura derivada da subida das taxas de juro”. Mas esta alteração da dinâmica do mercado só deverá levar “a uma certa estabilização dos preços”. Na opinião da gestora, “em 2023 iremos assistir ao recuo não muito acentuado de alguns preços em determinadas zonas, mas noutras, onde permaneça esse enorme desfasamento, os preços serão, na mesma, revistos em alta”. Ricardo Sousa, CEO da Century 21, também projeta “uma estabilização”, em especial no segmento de habitações usadas.

Os proprietários serão obrigados a definir o valor de venda dos seus imóveis de forma mais realista e ajustada ao poder de compra de quem está à procura de uma solução habitacional”.

“A dimensão da procura excede largamente a oferta de habitações no mercado, daí o facto de nas cidades de Lisboa e do Porto, como exemplo paradigmático, termos preços tão valorizados, acessíveis apenas a uma minoria de portugueses e, também, a um crescente número de estrangeiros”, sublinha o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Paulo Caiado. E esta tendência de mercado “não deverá conduzir a nenhuma redução generalizada, tanto mais que o imobiliário, como é sabido, constitui também um importante e seguro “porto de refúgio” do investimento”.

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